CHEMA MADOZ
De elos se formam as correntes, de correntes vive a humanidade, correntes que servem para nada e para tanto...
Correntes grossas, pesadas, que prendem mãos marcadas, torturadas, correntes que castigam, correntes que prendem um homem e uma mulher de maneira impossível, correntes insuportáveis que quebram o espírito de quem as suporta
correntes...
que ligam amigos de maneira forte, inquebráveis, correntes de amizade, correntes blogosféricas, que têm muito que se lhes diga, correntes de generosidade de qualquer um que queira fazer a diferença ajudando outros, tantos quantos as corrente consigam suportar
correntes...
de amor, de paixão, que podem vingar ou não, mas que enquanto duram trazem felicidade a quem as usufrui e quando acabam sempre trazem sofrimento, correntes que aprisionam, a quem não se importa de se sentir prisioneiro, mas que nem existem para quem é livre de se entregar ou não
correntes...
de vento, que empurram obrigando a andar, que viram chapéus de chuva deixando encharcado quem os usa, que correm para se abrigar, mas que também fazem dançar, rodopiar, os felizes
correntes...
de água, de rios calmos e aparazíveis, que escorrem para o mar, onde o sol bate deixando reflexos, onde nos debruçamos para carregar baterias, mas também correntes de água que escavam a terra levando-a para onde não é suposto, que alagam destruindo tudo e o pouco de quem nada tem
correntes...
que se podem quebrar, sempre que se queira e para isso se tenha vontade, correntes partidas que se podem juntar, nem que seja com uma turquez, só é preciso caprichar
correntes...
de ar... são das que mais gosto
há sempre quem diga – fecha a janela, que há uma corrente de ar –
não por mim, deixava as janelas todas abertas para provocar bastantes correntes de ar, frescas em dia de verão, geladas em pleno inverno, que talvez começassem por limpar a casa, mas de seguida iriam limpar outra, tiravam as teias de aranha, partiam para mais outra, de onde limpariam o pó e os restos de mágoas e mais outra, onde a limpeza seria mais profunda, limpando e renovando as vontades e os ideais, vendaval de correntes de ar por esse mundo fora, força tamanha capaz de o mundo modificar, limpando e revolvendo as mentes
correntes...
que não param, que sempre existem aqui ou além
correntes...
De elos se formam as correntes, de correntes vive a humanidade, correntes que servem para nada e para tanto...
Correntes grossas, pesadas, que prendem mãos marcadas, torturadas, correntes que castigam, correntes que prendem um homem e uma mulher de maneira impossível, correntes insuportáveis que quebram o espírito de quem as suporta
correntes...
que ligam amigos de maneira forte, inquebráveis, correntes de amizade, correntes blogosféricas, que têm muito que se lhes diga, correntes de generosidade de qualquer um que queira fazer a diferença ajudando outros, tantos quantos as corrente consigam suportar
correntes...
de amor, de paixão, que podem vingar ou não, mas que enquanto duram trazem felicidade a quem as usufrui e quando acabam sempre trazem sofrimento, correntes que aprisionam, a quem não se importa de se sentir prisioneiro, mas que nem existem para quem é livre de se entregar ou não
correntes...
de vento, que empurram obrigando a andar, que viram chapéus de chuva deixando encharcado quem os usa, que correm para se abrigar, mas que também fazem dançar, rodopiar, os felizes
correntes...
de água, de rios calmos e aparazíveis, que escorrem para o mar, onde o sol bate deixando reflexos, onde nos debruçamos para carregar baterias, mas também correntes de água que escavam a terra levando-a para onde não é suposto, que alagam destruindo tudo e o pouco de quem nada tem
correntes...
que se podem quebrar, sempre que se queira e para isso se tenha vontade, correntes partidas que se podem juntar, nem que seja com uma turquez, só é preciso caprichar
correntes...
de ar... são das que mais gosto
há sempre quem diga – fecha a janela, que há uma corrente de ar –
não por mim, deixava as janelas todas abertas para provocar bastantes correntes de ar, frescas em dia de verão, geladas em pleno inverno, que talvez começassem por limpar a casa, mas de seguida iriam limpar outra, tiravam as teias de aranha, partiam para mais outra, de onde limpariam o pó e os restos de mágoas e mais outra, onde a limpeza seria mais profunda, limpando e renovando as vontades e os ideais, vendaval de correntes de ar por esse mundo fora, força tamanha capaz de o mundo modificar, limpando e revolvendo as mentes
correntes...
que não param, que sempre existem aqui ou além
correntes...
10 comentários:
O mundo e tudo que nele está inserido, de uma forma ou de outra é composto por correntes e até as correntes de ar que não vemos têm uma corrente originária.
Se pudessemos tornar realidade a parte final do teu texto...isso seria uma mais valia quebrando correntes que nos asfixiam mas jamais ficarmos totalmente livres de outras que nos aliviam e amaciam a vida.
Um beijo sincero acorrentado à tua escrita:)
não fosse uma corrente de ar fresco e não te teria conhecido, querida :-)
gostei tanto de te ler/ver!
haja correntes assim, que não param, que nos levam aos lugares onde se gosta de ficar provando o sabor ameno de outras correntes.
beijo
espectacular!
este espaço está a ficar muito bonito D. Anónima da Silva! :-)
(há)braços daqui! :-)
Olá Fatyly
Era bom não era?
Talvez um dia seja possível, minha querida
beijinho
Olá Cris
Lembras-te como foi? Eu também.
Se sempre houvesse...
beijinho
Olá Júlia
sorriso divertido
é por ser Anónima da Silva
gargalhada
beijinho, Júlia
Belíssimo texto, muito bem emoldurado.
Beijinho
Olá Luís
sorriso agradecido
Beijinho
Há correntes cujos elos se entrelaçam, depois existem outras que deslaçam e outras ainda que simplesmente se espraiam...
Bj.
Olá Mateso
Vê lá tu, que me esqueci das que se espraiam
estava mesmo em dia negro
beijinho
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