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30 de agosto de 2008

JORGE PALMA






o tempo não sabe nada
o tempo não tem razão
o tempo nunca existiu
o tempo é nossa invenção
se abandonarmos as horas não nos sentirmos sós
meu amor o tempo somos nós
o espaço tem o volume da imaginação
além do nosso horizonte existe outra dimensão
o espaço foi construído sem princípio nem fim
meu amor nunca cabes dentro de mim
o meu tesouro és tu
eternamente tu
não há passos divergentes para quem se quer encontrar
a nossa história começa na total escuridão
onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
a nossa história é o esforço para alcançar a luz
meu amor o impossível seduz
o meu tesouro és tu
eternamente tu
não há passos divergentes para quem se quer encontrar

Poema de JORGE PALMA


TERNURA







Tendresse - Claude Théberge




Amor meu doce amor quero-te tanto
De forma tão constante e tão sentida a;
Amor meu louco amor feito de espanto
Quero-te ainda mais que à propria vida

Acordo de manhã no teu sorriso
Lá fora um belo Sol já alto arde
Num gesto de ternura tão precis0
Emprestas-me a tua alma até mais tarde

Cansado quando volto a tua boca
Mais fresca que uma fonte de àgua pura
Acalma a minha boca seca e rouca

Mais que uma descoberta uma pocura
A mão à espera de outra mão que toca
Esse encanto a que chamamos ternura


Poema de Fernando Tavares Rodrigues

28 de agosto de 2008

NA VARANDA






Ian Cameron




No dia seguinte fui ter com ela à sua varanda, sempre com aquela fantástica vista, sabendo que a poderia encontrar com o Filipe, mas esperando que pudesse ter um bocadinho para me ouvir.
Conto-lhe a minha história que começa com a do Pedro, tal qual ele ma contou logo no primeiro jantar que tivemos juntos.
Era casado com Margarida, que tinha uma outra pessoa e embora não percebesse como ele era capaz de ter aceitado essa situação sem terem sequer tido uma conversa, ele explicou-me que não queria ouvir o que tinha a certeza de existir e que nada iria resolver, visto não se querer separar de Margarida para não desequilibrar a filha, e que nunca poria a hipótese de não viver com a Joana.
Almoçámos muitas vezes os dois, jantámos duas ou três vezes porque dizia o Pedro, a Margarida sabendo que ele aceitava o modo de vida dela, avisava à última de hora que ficava a fazer serão.
Apaixonei-me por ele, antes de ter acontecido algo entre os dois...conversávamos, gostávamos de conversar, namorávamos, até ontem que passámos o dia juntos na Praia da Arrábida. Depois fomos até à Pousada de Palmela, onde ficámos.
Ela ouvia-me, com ar compreensivo mas cheio de pena
- Ele é casado e foi, teoricamente, sincero contigo. Só tens duas opções: ou ficas por aí e não há mais nada; ou continuas e minha querida, desde já te digo que vais passar a andar entre o paraíso e o inferno
- tu também tiveste o Rodrigo
- por isso mesmo te estou a avisar, e espero que nunca gostes do Pedro como gostei de Rodrigo, porque nesse caso o inferno perdurará sobre o paraíso
- depois de ontem, não vou ser capaz de não continuar
- e vieste falar comigo para quê?
- para me sossegares, para me dizeres que não é assim tão grave, ou mau, ele ser casado, que não estou a fazer mal a ninguém, que não vou sofrer, porque tu viveste uma mesma situação
- Queridinha, vais sofrer e muito, mas também vais ter os momentos mais doces e arrebatadores, que serão sempre os que se seguem à espera. Se estás a fazer mal a alguém isso não sei, só tu poderás saber se ele te está a contar a verdade. Não me peças para te sossegar, isso são coisas que não existem. A vida é o que é, as opções são as nossas, eu por exemplo não estou arrependida de nada. Só espero que te aconteça o mesmo.
Mónica, minha querida, amar é aceitar-se o outro tal qual ele é, retirando as fantasias que fizeste sobre ele, tentando perceber o que ele é para além delas, um dia de cada de vez....já estou a dizer lugares comuns que todas nós estamos fartas de saber.
Precisas de saber que quando os homens não são livres, é raro, muito raro Mónica, que dure muito tempo. Ou achas que mesmo assim vale a pena, ou desistes já.
Pensa bem e se achares que quando ele acabar, ficará um amargor, não continues, porque te irá fazer muito mal
- porque tu achas que ele acabará?
- qualquer homem que não quer ser livre, porque qualquer um o pode ser, basta querer, não aguenta uma extra-relação por muito tempo.
A opção só pode ser tua, Mónica. Minha querida sempre que precisares de mim, sabes onde me encontrar e não te preocupes com o Filipe, se há homem que percebe bem os outros homens e a nós mulheres, é ele.
- estás-me a dizer isso.....
- estou-te a dizer queridinha, que vais precisar de todas as tuas amigas, podes crer.
Se fores em frente com essa relação, aprecia cada segundo, ouve bem Mónica, cada segundo, para um dia poderes teres alguma coisa boa para relembrar.

26 de agosto de 2008

ARRÁBIDA*





Je t'aime - Claude Théberge




Estava sentada na areia, naquela areia grossa, braços envolvendo os joelhos, mergulhando naquele mar que adora, Pedra d'Anicha em frente, roubando bocadinhos aos deuses, que nos dão a ilusão de contacto com o Universo, de sermos unos, de o ter compreendido naqueles poucos segundos, que nos fazem transbordar de felicidade.
Estava imersa naquela água, olhos liquefeitos quando sentiu alguém a sentar-se ao seu lado. Fechou os olhos sem querer dali sair, oásis já perdido.
Devagarinho foi tomando consciência do que a rodeava e sentiu uma mão a apertar a sua.
Ficou só mais um pouco, sentindo aquela mão na sua, sabendo que não lhe pertencia, só mais um pouco, para sentir o calor daquela mão na sua, subindo pelo braço e estendendo-se a todo o corpo, mão proibida
só mais um pouco, para sentir o sangue a fervilhar-lhe nas veias, apagando as saudades de um sentir igual, de uma mão que se iria embora
só mais um pouco… só mais um pouco...querendo ficar nele aninhada, não querendo tomar decisões, cansada de as tomar, esperando que dissesse qualquer coisa, que falasse.
Tocaste o Universo, Doçura!
Olhos finalmente abertos, ainda espelhando as águas e o céu, fixando-o e pensando como poderia ele ter adivinhado
Tocaste o Universo e depois disso é preciso um banho de água gelada, disse Pedro, puxando-a pela mão, ajudando-a a levantar-se, obrigando-a a correr pela praia fora, feita criança quando tanto ansiava por um mergulho bem frio, depois de ter estado a apanhar o calor do sol, como um lagarto correu pela praia fora com a ânsia de mergulhar nesse mar de amor que sentia tão intenso, pela primeira vez, com um calor igual ao de sol, incandescente, e ria, ria....
Já na água, olhando a Serra enquanto ele a beijava só pensava, ele é casado, ele é casado, ele é casado....
Mas o beijo não mais acabava, desfazendo-lhe as dúvidas, amaciando-lhe a vontade e por fim cedeu, com uma imensa felicidade, em ir com ele.....onde quisesse, qualquer sítio lhe era igual.
Ficaram na Pousada de Palmela.


*Este texto já foi editado num outro blog.
Foi revisto, porque lhe quero dar uma outra continuação, diferente da que teve na altura em que foi escrito e editado

24 de agosto de 2008

INSANIDADE




Êxtase de Silvio Payva



Fui roubar ao INSÉTE este poema, que é do autor do blog, para quem ainda não saiba quem é o Xistosa/José torres



Delinquências
orgias tais,
de pagãos rituais,
inconstantes
sem fé,
que nos embriagam,
quando os corpos expostos
se acariciam
em desejos carnais,
imorais.

Insanidades, ou sofreguidão,
que nos levam à loucura,
porque esta fúria,
de tanto nos querermos,
seca-nos as gargantas,
sangra-nos os lábios
e as nossas línguas.
Entranha-se bem dentro
e num momento,
tudo fica vermelho rubro.

Podes sussurrar
ou até gritar:
beija-me … beija-me …
todos os sentidos.
Vou perder-me
nas tuas curvas
e serpentear-me
incessantemente,
nesse teu corpo
incandescente.

Com os corpos arqueados,
em espasmos melódicos,
vamos ritmados,
cansados, suados
sussurrar em uníssono:
deleite … prazer …
carinho … beijos …
amor … amor … amor …
perdidos nas curvas dos nossos corpos
e nas nossas insanidades delinquentes!


xistosa - josé torres

22 de agosto de 2008

ANOS




Eduardo Naranjo




"Maria Antónia sabe que tem de lá ir, que tem de fazer o esforço, tem de lhe ir dar os parabéns, mas quando pensa que tem de enfrentar além dela aquelas duas agripias*, sente um torno apertando-lhe as entranhas, encosta-se à parede, dobra-se com a dor, sabendo que está sozinha, sempre esteve sozinha quando tinha de a enfrentar, escorregando pela parede abaixo, enrola-se nela própria, gemendo com a dor ou com a incapacidade que sente.
O vale, como é belo o vale quase despido de tudo, meia-dúzia de árvores lá no cimo de um monte e três cavalos, bem arreados, esperando uns ao lado dos outros, impávidos e serenos, transmitindo-lhe essa acalmia. Começa a subir o monte, apanhando uma flor aqui, outra acolá, compondo um ramalhete para lhe dar de presente que é bem melhor que os obrigatórios “feito por mim” que não gosta, por no seu coração não haver amor, só temor e que ela nunca usou ou usará.
Os cavalos esperando por ela, apanhando mais uma flor acolá, outra ali , acabando o ramalhete que lhe entregará, segurando a rédea do cavalo preto, encostando a cabeça no dorso do cavalo branco, passando o braço por cima do cavalo castanho, pensa que já está calma, quando se ouve um rebentamento, os cavalos empinando e assustados desaparecendo, sem olhar para trás por não querer saber o que aconteceu, adivinhando pelas batidas do coração que o medo invade, que está já cercada por todos os lados, sem saber para onde há de fugir, por saber o que vai acontecer, o monte desaparecido, o medo instalado em cada poro, o vale estragado, um torno a apertar-lhe as entranhas, meia-dúzia de árvores sem cavalos, dobrando-se com a dor enquanto eles a agarram, levando-a à sua presença, dizendo que ela não queria ir, que tentava fugir.
Diz que não, que foi só apanhar flores, mostra a mão onde o ramalhete desapareceu, fica a balbuciar, ouvindo-a já com o seu ar de desprezo, olhando-a de cima abaixo, a gritar INGRATA, como tivesse de se prostrar para a vida lhe agradecer.
Volta ao vale de quando era menina, para ver se a sua beleza a acalma, olha em redor à procura dos cavalos ou ao menos da meia-dúzia de árvores lá no cimo do monte, mas Maria Antónia nada encontra a não ser negrume.
Dá por ela no chão, cara suja de lágrimas pela dor ou pela incapacidade que sente, os soluços transformando-se em arranques que lhe saem das entranhas, os arranques passando a vómitos, acabando por sair um monstrozinho esverdeado, cor do medo, viscoso que a tudo se agarra, que as mãos dela puxam com força para que todo saia, mãos que tem de esfregar na terra para se ver livre desse visco
Levanta-se, vira as costas ao vale, sabendo que nunca mais precisará dele e vai enfrentá-la e às duas agripias, que com vozes aflautadas vão deixando cair sementes de ameaças, como quem deixa cair maçãs podres, ou flores desfolhadas com cheiro nauseabundo....
enfrenta-as, Maria Antónia, de mãos vazias, vazias da ansiedade, vazias de tudo, vazia daquela dor que lhe apertava as entranhas
as ameaças escorrendo-lhe pelo corpo abaixo, enfrenta-as sem couraça, sorrindo



*Agripias - é uma palavra que não existe em português, pelo menos não a encontrei no dicionário. Aportuguesei e substantivei o verbo francês Agripper. Poderia ter usado "Agripinas", mas gostei mais do som de agripias


20 de agosto de 2008

AMADA?





José Marafona




Atiro-me à água, onde sempre renasço e nado para lado nenhum, só com o prazer de me sentir no meu elemento e poder fazer de conta que mais ninguém existe
faço piruetas e danço por a música estar dentro de mim, acompanhada com cardumes de peixes que se abrem para me receber e se fecham ao meu redor, tentando que me transforme num deles.
Ao longe avisto golfinhos que se dirigem para mim e já cavalgo num deles, saltando e mergulhando a um ritmo impressionante, enquanto vamos brincando como se a vida nada mais fosse que este mar onde reina a confiança.
Depositam-me no fundo onde me agarro a uma âncora, velha, apodrecida que me prende e tolhe os movimentos e eles julgando que já não quero a sua companhia partem aqui me deixando mais uma vez só, num elemento que é meu, mas que também me é estranho.
Quem se aproxima agora são tubarões que me rodeiam; ao olhar bem para eles acho que têm um ar pacífico se comparados com os que me costumam rodear quando em terra ando.
Sei que é tempo de voltar, que não vou poder aqui continuar, o ar já me vai faltando, mas caí no erro de me agarrar a esta âncora, podre, velha, que me prende, que os movimentos me tolhe, não sabendo como me hei-de libertar por ter medo do que vou encontrar, neste oceano que tenho mais uma vez de atravessar.
Quando me mexo os tubarões ficam agressivos e já pensam que me podem devorar, mas sem pensar vou à luta e consigo afastar-me, já faltando pouco para chegar à superfície e poder respirar.
Golfada de ar com força aspirada que me queima, arde, me devolve à vida e me faz chorar por ter vindo de um elemento que me era estranho, mas que também era meu, para ter chegado a lado nenhum, sem ter forças para o caminho reiniciar, de volta para qualquer lado.
Esgotadas as forças, deixo-me me levar por este mar que está tão calmo, parecendo que me quer aceitar tal como sou, parecendo de amor feito, sem já querer saber onde me vai depositar, se em lado nenhum ou em qualquer lado, pacificada, embalada por esses amorosos braços, que me mantêm à tona, sonho contigo, chamo por ti, meu possível Amor
estarei longe de mais para não me conseguires ouvir? por ser certo que não apareces, mas vejo ao fundo a luz de um farol e continuo confiante nesta corrente de amor feita, que me levará a qualquer lado ou a lado nenhum, mas sei que te vou encontrar onde me quiseres esperar...
Quando penso que estou perdida, que o teu amor poderá não existir, sinto uma mão que me puxa para um abraço embalado, esgotada adormeço nos teus braços, sabendo que, finalmente, poderei ter chegado a casa



18 de agosto de 2008

AMIGOS AUSENTES





La Rencontre - Claude Théberge



Está ali à beira das ondas que vêm de mansinho ter com ele, o sol poente avermelhado que por entre as nuvens pinta de rosa a areia que ainda tem restos de água
está ali à beirinha com ar zangado punhos cerrados que eleva enquanto vai lançando palavras que nem se percebem bem mas parece zangado, chego-me mais um pouco a ver se lhe entendo as palavras, vira-se num repente e grita para o ar, ou para mim, que fico petrificada
- são vocês que dão cabo de tudo, são vocês por não perceberem nada que não os deixam vir!
olho para trás para ver se está mais alguém e dou com uma praia já deserta, já perto das oito e meia, ao longe as últimas pessoas que se vão e fico sem saber se vou ou fico, olhando para ele que me continua a invectivar
- é consigo que estou a falar, não vê que está a estragar tudo, não vê os passos que está a deixar na areia molhada?
Aproximo-me lentamente, tão devagar que mal se percebe que ando, mas...
- e ainda está a dar mais passos, teimosa! atreve-se a não os deixar vir?
paro, olho à volta e o meu olhar deve dizer do abismada que estou, mas ainda digo em minha defesa
- mas são os passos traçados na areia que os não deixam vir?
- também, porque estraga os reflexos do sol. Mas não os vê? mas eles estam à sua espera, que se decida, ou que se vá, ou que os entenda
- eles, quem? os peixes? Pergunto baixinho não vá a voz incomodar, sei lá quem
- não! julga que estou parvo? os outros! claro que não os vê, só eu os vejo, mas esta é a hora deles e ou os entende ou se vai embora
- sabe, é que eu a esta hora é que gosto da praia....já viu o mar, o céu e o sol? e a cor? este rosa avermelhado que tudo inflama? A esta hora é que eu gosto de aqui estar, mas se o estou a incomodar....
- a mim não incomoda nada, a eles incomoda que não os entenda e por isso tem de se ir
- acha que não me deixarão ficar, sabendo que também gosto deles?
- gosta sem os entender, sem os ver?
- Já aprendi a gostar do que não vejo, às vezes só sinto e sinto-me tão bem...não me quer deixar ficar, que fico sossegadinha, prometo
hesita sem saber o que fazer, olha para todos os lados, conversa não sei com quem e acaba por aquiescer
- vou só ali num instantinho, mais ao fundo
sento-me nessa água baixinha que não vai a lado nenhum, nem sobe nem desce e fico à espera intrigada
Arrasta uma rede pela água e quando chega junto a mim, puxa-a um pouco mais para a areia, abre-a e mostra orgulhoso....nada, ou sonhos..... serão só dele e por isso não os entendo, ou por não os entender é que os não vejo?
- estão felizes por a ver....diga lá que não são lindos, imaginativos, de todas as cores
fico calada sem saber o que dizer
- não os vê? Anda desconcentrada e perde-se assim. Mas olhe então para estes que são amigos e para virem até aqui é porque gostam de si
- Aaaah! já sei, digo eu orgulhosa, apesar de só ter percebido parte do dito, também ando por sítios onde não vejo ninguém, só ouço vozes e sei que são de amigos
- logo vi que começava a compreender. Onde é o seu sítio?
- dentro da minha casa. Sento-me, tenho de tocar numas teclas e eles aparecem, também aparecem outros... nunca lhe aconteceu?
- aqui só aparecem amigos
- tem mais sorte, então. Ainda para mais está nesta praia tão linda ao pôr-de-sol....
- Se calhar tem de arranjar um sítio melhor...
- lá é um sítio muito bonito também, tenho o mundo ao alcance da mão e amigos. Quando não aparecem tenho tantas saudades!
- olhe já estão a ir embora, o sol já se pôs, é a hora deles. Mas todos os dias aparecem, basta eu cá estar
- comigo acontece o mesmo
- apareça amanhã outra vez, para ver se vê o resto
- vou fazer os possíveis, mas também tenho saudades dos meus amigos, tenho de os visitar
E decidida vou ter com os meus amigos, ao tocar nas teclas, de quem tenho tantas saudades.


Vou é mudar um pouco:
manterei alguns links, poucos, com muito menos produção e sem moderação de comentários
Que venham os Amigos de quem tantas saudades tenho
basta tocar numas teclas, não é?