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27 de setembro de 2008

SILÊNCIO







Desenho de Joaquim Baltazar, para este livro




Deram-se as mãos como se fossem versos
Sorrindo como se tivessem asas
No seu olhar os sonhos mais diversos
Nos corasções acesos como brasas

E sem pudor nem mais posturas graves
Uma outra luz doirava os seus cabelos
Em gestos desenhados e suaves
Deram-se os corpos nus jovens e belos

E nessa praia branca que não finda
A areia guarda a sua história linda
No silencio das bocas consagrada

E das mãos dadas fez-se madrugada
Tudo foi dito sem ser dito nada
E as aves cantam esse Amor ainda



Poema de FERNANDO TAVARES RODRIGUES

In XXI Sonetos de Amor, ficheiro que me foi enviado por NONAS


9 comentários:

Madalena disse...

Caríssima Pessoa, você sabe Ouvir, sabe Ler e Escolher, faça-nos um favor: ESVREVA!

Bjs. :)

Madalena

Fatyly disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fatyly disse...

Boa música a acompanhar uma não menos belo soneto desse grande poeta

"Deram-se as mãos como se fossem versos
Sorrindo como se tivessem asas

Tudo foi dito sem ser dito nada
E as aves cantam esse Amor ainda"

e em silêncio desejo-te um bom sábado:)

Beijos

claras manhãs disse...

Olá Madalena


Bem-Vinda!

Mas eu escrevo Madalena, prosa.
Só ao fim de semana é que edito poesia
Não sou poeta!
Tenho pena, mas não sou.

Beijinho

claras manhãs disse...

Olá Fatyly

Bom fim-de-semana! para ti Fatyly


beijinho

Anónimo disse...

"Chill Out"

...e parava em cada um dos teus poros, bebendo deles, águas de luar.
cada movimento teu, um país.
o teu corpo dentro do meu, o mundo inteiro.
...e aquela noite em ti, em mim, como um lençol, tecida a fio de poema, aquietar-se-ia, até adormecer, encantada que ficara, a tentar contar até dois mil...



ignoramos as horas
ainda que leves...
calam-se as palavras
emergem
para que sejam só
dois corpos imersos
num sono único...

sou mar
sinto-me mar
esperando que naufragues...
abro-te os olhos
descubro pérolas
que atiro fora...
é a ti que quero!
simulo que adormeço
para que me olhes
antes de te envolver

transforma-te em ondas
vê como finjo que descanso
como permaneço silenciosa...
só estou à espera que naufragues
que em mim te afundes...

ignoramos as horas
ainda que leves
para sermos os dois
afastados de todas as palavras

talvez que elas nos inventem
à superfície...
mas aqui
somos
eu
tu
e
a volúpia de nos termos.


(Foi uma tentativa de comentar este Silêncio que escolheste tão relaxante, do tão querido Fernando Tavares Rodrigues.
Gosto dele, muito!
Ainda bem que o estás a divulgar.)

Um beijo, querida.
Um bom fim de semana para ti, para os teus.

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

tão bonito,Minucha!

claras manhãs disse...

Olá Cris

Tu sabes, também, o que é, minha querida
e sabes tão bem dizer.

Tive a família este fim de semana cá em casa e estou completamente desfeita.
Só agora aqui vim e vou-te fazer a vontade.

Um beijo muito doce, com amizade imensa

claras manhãs disse...

Olá Júlia


Estes sonetos dele, são todos lindos.
Conhece Júlia? o autor?

Beijinho de bem querer(uma expressão sua, que adoptei, por tão bonita)
sorriso