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3 de setembro de 2008

COMENTÁRIO PASSADO A POST




Este comentário foi feito pela CRIS do blog OS MEUS ENCANTOS
Uma beleza de um conto
Obrigado Cris, por o teres feito aqui, do fundo do coração





Robert Duval






Ela ficou. Já volto, disse-lhe. Ficou a olhar a abóbada, a olhar tudo, a sorver aquele ambiente tão calmo, enquanto o esperava! Quando ele voltou, beijou-a, e, ao ouvido apenas lhe disse que agora sim, podiam ir.
Nem ela nada lhe perguntou, nem ele nada lhe disse.
Eram, estavam. A felicidade corria á frente deles, voltava, rodopiava, menina, ria muito.
Olhavam-na com a maior serenidade. Amavam-se, amavam-na. Felizes os três. Tão felizes!
............
Pousou a fotografia.Levantou-se, vagarosamente, e, abeirou-se da janela.
Lá fora, aquele par. Percebeu que ele lhe disse algo. Viu-o afastar-se e ficou a vê-la, tão serena, olhando tudo, como que esperando. Ele voltou, acercou-se dela e sussurrou-lhe de novo algo. Sorriam, felizes, tão felizes, de mão dada. Nem ele nada lhe dizia, nem ela nada falava. Iam, juntos.
Uma lágrima rolou pela sua face, e, foi pousar-lhe na mão, e outra correu, a fazer-lhe companhia.
Afastou-se da janela, foi sentar-se no sofá. A seu lado, uma estória. Pegou nela, afagou-a, abriu a caixinha e viu o anel. Não chorou. Sorriu. Tal como ela, aquele par iria ver, a felicidade correr à sua frente, saltaricar, rir, e eles olhá-la-iam, e, amar-se-iam, felizes, tão felizes e seriam, seriam e viver-se-iam, para sempre
............
Dissera-lhe que esperasse. Ela sorriu e perguntou-lhe onde ia. Ele disse que era surpresa, que aguardasse, que não demorava. Deixo-lhe um beijo para lhe fazer companhia. qie não saísse dali porque já voltava. Ela sentiu que alguém a olhava. Ali, naquela janela, viu ama velhinha que lhe sorria. Ela sorriu também. Quando ele voltou. trazia um ramo de flores. A senhora continuava a olhá-los. Ela disse-lhe que a aguardasse, que não demorava. Atravessou a rua, abeirou-se da janela e deu, sorrindo, uma flor àquela senhora tão bonita.
Sentiu cair-lhe uma lágrima na mão e logo outra lhe veio fazer companhia. Quando olhou de novo, viu no parapeito, a flor que lhe havia atirado, gentilmente.
Correu para ele, feliz, abraçou-o. Porque havia feito aquilo? Conhecia-a? Que não, ou, que sim, não importava. Que já podiam ir. E foram, sem que antes, ela não deixasse de se voltar para trás, uma última vez. Que tinha sido aquilo? Nada, respondeu-lhe. Não insistiu, mas, achou-a ainda mais bonita, e, estava.
Dentro dela, trazia um aceno, duas lágrimas, e, parte da felicidade suficiente para eles. A outra parte, sabia-a segura,risonha a saltaricar, feliz, numa sala, e, que,logo logo, iria sentar-se no colo pleno de recordações tão doces duma velha senhora que havia visto, naquela janela.



2 comentários:

Fatyly disse...

Li o comentário e achei-o maravilhoso, preenchente e real - digno de destaque:)

Beijocas às duas

claras manhãs disse...

Lindo, como tudo o que a Cris escreve
não é Fatyly?

Beijinho