Estou aqui assapada em cimento, vendo, admirando-te Lisboa, rainha do Tejo, Lisboa da bela serpente, tentadora de mim.
Enamorei-me quando ainda me estavam a construir, o primeiro pedaço de ferro colocado e já eu estava desejando subir mais, sempre mais para te poder contemplar.
O Tejo espraiando-se no meu pé, espraiando-se aos teus pés, temos isso em comum, um rio que não se aparta de nós, que nos envolve, que é nosso encantamento e que está encantado de nós.
Eu tão longe de ti...mas vejo-te cá do cimo, abranjo-te toda desde o cais da Ribeira até ao Saldanha, apesar da tua beleza se ficar toda por esta fronteiria, aqui junto ao rio.
Vi-te ser destruída sem nada poder fazer por ti, e tu, serena como sempre nem tugiste, pior do que isso, foi ouvir todos quantos por aqui passam gabar-te a beleza esquecendo que tu és mais do que a zona ribeirinha e eles podendo nada fazendo, elegendo quem de há décadas vem dando cabo de ti.
Ah Amor meu! Não fosse este peso que me agarra, me prende, me enraíza neste rio, e pegava-te ao colo, bem aconchegadinha, não deixando mais que sofresses ou que te continuassem a destruir.
Lisboa minha, cidade linda, enevoada, da luz filtrada, mas quando o sol de chapa te bate arranca reflexos de rio, Lisboa aguada banhada de luz, que comoves quem passa e no coração lhe gravas a tua graça, Lisboa refletida, de noite ou de dia, neste rio que tal como eu se enamorou de ti, para a vida.
Lisboa do Castelo, da Madragoa, e da Mouraria, Lisboa de Alfama, os teus bairros mais antigos.
Lisboa das colinas, espraiando-te, por amor, até ao rio
Enamorei-me quando ainda me estavam a construir, o primeiro pedaço de ferro colocado e já eu estava desejando subir mais, sempre mais para te poder contemplar.
O Tejo espraiando-se no meu pé, espraiando-se aos teus pés, temos isso em comum, um rio que não se aparta de nós, que nos envolve, que é nosso encantamento e que está encantado de nós.
Eu tão longe de ti...mas vejo-te cá do cimo, abranjo-te toda desde o cais da Ribeira até ao Saldanha, apesar da tua beleza se ficar toda por esta fronteiria, aqui junto ao rio.
Vi-te ser destruída sem nada poder fazer por ti, e tu, serena como sempre nem tugiste, pior do que isso, foi ouvir todos quantos por aqui passam gabar-te a beleza esquecendo que tu és mais do que a zona ribeirinha e eles podendo nada fazendo, elegendo quem de há décadas vem dando cabo de ti.
Ah Amor meu! Não fosse este peso que me agarra, me prende, me enraíza neste rio, e pegava-te ao colo, bem aconchegadinha, não deixando mais que sofresses ou que te continuassem a destruir.
Lisboa minha, cidade linda, enevoada, da luz filtrada, mas quando o sol de chapa te bate arranca reflexos de rio, Lisboa aguada banhada de luz, que comoves quem passa e no coração lhe gravas a tua graça, Lisboa refletida, de noite ou de dia, neste rio que tal como eu se enamorou de ti, para a vida.
Lisboa do Castelo, da Madragoa, e da Mouraria, Lisboa de Alfama, os teus bairros mais antigos.
Lisboa das colinas, espraiando-te, por amor, até ao rio
16 comentários:
O que faz a diferença é a história, a andança nos tempos passados, que marcaram época e fizeram das pessoas não simples expectadores, mas atores principais de uma extensa novela verdadeira...um abraço na alma
Olá Elcio
Vou andar pouco pela blogosfera, por uns tempos, apesar de fazer tenções de continuar a postar.
Desculpa a aus~encia no teu e noutros blogs
è verdade, é isso que faz a diferença, mas é pena ver a minha cidade, a minha terra, a ser destruída todos os dias.
beijinho
lembrei de te endereçar um convite que me fizeram e que achei engraçado, mais passa tempo que outra coisa e que tem o aliciante de desafiar quem nos lê a ver se nos conhece um bocadinho
Bjinhos
Estás quase
A nossa bela Lisboa, bela que é e com um belo texto aqui escrito por ti amiga... belo trabalho e obrigado pela escolha da foto, sinto-me honrado pela escolha e é com prazer que a vejo aqui.
Adoro fazer fotos em Lisboa.
Tem um bom fds amiga e tudo de bom para ti,
Nuno
Olá Luisinho, meu querido
São sempre bem vindos, de ti.
beijinho grande
Olá Nuninho
Tu bem sabes como sempre gostei das tuas fotografias.
E esta é espectacular
beijinho
Ah, vc spo fez aumentar minha vontade em conhecer Portugal.
Lindo texto, lindas as fotos!
Tudo de bom gosto. Amei.
Grande beijo e um ótimo fim de semana.
As imagens, o texto notável, esta música. Comovida pela magia deste blog. Há uma paz nele que faz com que as lágrimas se soltem de emoção.É sempre assim quando volto.
E volto vezes sem fim, mesmo sem comentar.
Salvé querida!
"Esta Lisboa que eu amo...sinto o mar a cada esquina...
esta Lisboa tem ondas, num andar duma varina..
cidade tão antiga, cidade amiga
modesta e bela...
varia como as marés
e tem o mundo a seus pés...
pra ficar bem junto dela..."
(não sei se a letra está correcta)...mas lembrei-me de te e de a homenagear; esse pequeno pedaço de terra onde nasci, cresci, e não sei se nela morrerei...
"talvez se ela me contasse...o que nunca disse a ninguém..."
bonito texto...coo sempre...nessas águas por onde te moves (dentro).
Abraços com carinho
Sempre...
Mariz
(quanto ao que me pediste, seria melhor dizeres quando te poderei ligar, mas deves ter o pc na tua frente e o que desejas copiar - a fim de seguires o que te vou dizendo. - é que escrever fica mais difícil para mim e mais moroso! Sabes que gosto de tudo o que é prático e simples...e o mais rápido se possível)
Olá Lu
estou em fase de fazer poucas visitas, mas gostei dos teus blogues.
Portugal é lindo, cheio de boa gente.
Lisbos...Ah! Lisboa é a minha terra!
beijinho
Saphou, minha querida
Não me podia dizer nada mais bonito.
Esta música está aqui há meses e não sou capaz de a trocar.
gosto tanto dela.
beijinho grande
Obrigado Mariz.
Também gosto muito dessa letra.
Quanto ao resto fica para segunda-feira, porque este fim de semana está a ser movimentado.
depois ligo-te. obrigado pela tua disponibilidade
beijinho,sempre
Fotos e texto magníficos.
Uma beijoca ao fotógrafo e a ti, grande escritora.
A tua veia criativa não tem fim.
Adorei este belissimo texto dedicado a Lisboa; uma carta apaixonada da Ponte sobre o Tejo para a sua amada Lisboa. Espectacular!
Muitas bjocas :-)
Olá Fatyly
Obrigado minha querida, mas foi a fotografia, a arte do Nuno, que provocou o texto.
beijinho
Oh helena
os teus comentários são sempre tão generosos.
mas foi a fotografia do Nuno que provocou o texto.
Aliás comecei a escrever para fotografias com fotografias do Nuno.
Mal as vejo, salta texto.
Beijinho grande, agradecido
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