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28 de fevereiro de 2009

ESCOLHAS








O VICENTE tem dois blogs lindos e está a caminho de editar um livro.
Deixo-vos os links dos posts e o poema que deixou em comentário no post abaixo:
DO INATINGÍVEL
e
IN-FINITO AZUL




ESCOLHAS


todos os instantes futuros
serão passado.

ditames do fluir,
pois nada é cativo senão livre.

fundamentos da consciência?
o pensamento do coração

a redenção não é opção. é escolha!

como a luz,
a bondade,
o ser universal
e o aceitar do místico que nos faz no uno.

o tempo é maior do que o tempo humano


VICENTE FERREIRA DA SILVA

26 de fevereiro de 2009

RESPOSTA AO COMENTÁRIO DO FUNES



Foto de Leominster




O FUNES tem esse condão de me pôr a pensar, o que lhe agradeço do fundo do coração.

Porque será que não valorizamos a bondade, a generosidade?
Dou como exemplo figuras conhecidas, de todos
Madre Teresa, sempre me enervou, apesar de a considerar como das pessoas mais generosas do nosso tempo e, por isso a admirar.
Então o que se passará, para muitos de nós não gostarem de figuras como Madre Teresa ou Gandhi, mais um mas que me deixa incómoda, mas por quem também tenho admiração.
Porque serão os dois tão conhecidos, mas tão pouco falados?
Penso que sempre ligamos a bondade e a generosidade ao moralismo, esse sim, extremamente irritante.
Madre Teresa punha-me em causa. Com Gandhi acontece a mesma coisa.
Qualquer um deles põe a nu, a partir de agora refiro-me só a mim, o pouco generosa, o instalada que estou no meu conforto, o pouco disponível que estou, o pouco que luto.
Qualquer um pode ir para a Índia, e não precisa de desculpas de família ou de não ter dinheiro para o fazer, porque pode inclusive ir viver para a rua, ou arranjar abrigos, pedir ao ‘capital’ dinheiro para a sua obra, por exemplo, para os desalojados, ou para as crianças que passam fome.
Madre Teresa fazia caridade com o dinheiro dos outros, viajava de avião, etc, mas o que Madre Teresa deu foi a sua inteira disponibilidade, mesmo que se com o dinheiro de outros.
O que Madre Teresa deu foi a sua vida por um ideal: melhorar a vida de outros e conseguiu.
Eu sei que seria, que sou capaz de dar a minha vida na luta por um ideal, se esse ideal me obrigasse a lutar de armas na mão. Ideal heróico, luta heróica, mesmo que ideal comezinho.
Sei que não sou capaz de dar a vida, para viver na merda, embora se a sobrevivência me obrigar a viver nessa merda, o faça, mas, unicamente porque fui obrigada a isso, não por pura generosidade.
É isso que me enerva. É isso que me põe em cheque.
Foi moralista a Madre Teresa? Não sei se o foi, eu senti-o como tendo sido, por pura defesa.
Gandhi é o pacifista, na verdadeira acepção da palavra. Foi quem deu a outra face, não para perdoar, mas para não lutar de armas na mão.
Cá está, armas na mão é fácil, para mim.
Estar sentado no chão, em greve de advogados na África do Sul, como esteve ele e tantos, aguentando uma carga policial que lhes bateu como quis e onde entendeu, sem levantarem uma mão, ah! isso é difícil.
Fazer cair um império, vivendo em quase miséria, com greves de fome, que chegaram aos quarenta dias, e pacifismo completo e total, é demonstrar uma força de carácter invulgar.
Gandhi deu a sua inteira disponibilidade, deu a vida por um ideal: tornar independente o seu país, em pacifismo puro, mesmo cometendo o erro gigantesco de querer a Índia una com o que é agora o actual Paquistão.
Foi Gandhi, o pacifista, que levou a Índia á guerra, porque se tem aceitado a divisão da Índia e do Paquistão em vida, o mais certo era não ter existido guerra e ódios que ficaram para sempre.
É isso que me enerva. Gandhi põe em causa a minha força de carácter.
Foi moralista? Foi. Também me enerva.
Ser Amor, Paz e Luz é ser Harmonia é ser Sereno. Quem está perto de ser assim é moralista? A maior parte das vezes.
É isso que me enerva e enerva o FUNES.
Não há nada pior que o moralismo, pelo menos para mim.
O comentário do FUNES prende-se com uns quantos comentários que fiz num dos seus posts (não deixo link porque me envergonho deles), irritantemente, estupidamente moralistas.


25 de fevereiro de 2009

ERA ASSIM QUE EU GOSTAVA DE SER



'Roubada' ao ELCIO



Fonte de Paz e Amor, de Tranquilidade e Luz
conseguir refletir-me tão perfeitamente
conseguir que quem se abeirasse o sentisse.
Quantas idas e vindas terei de realizar para o conseguir?

23 de fevereiro de 2009

DESAFIO, MAIS UM....



tirada do google




Estamos em época de desafios, o que diga-se de passagem, agradeço a quem mos faz, neste caso a JÚLIA, porque ando sem inspiração e assim sempre me vão dando o mote.
Não deixem de passar pela Júlia, pois é difícil responder de melhor maneira, do que ela o fez.
Podia ter escolhido fazer uma brincadeira, mas resolvi responder à séria.
Cuidado pois vou-me desnudar, hoje, que faço 61 anos. Poderá haver cenas eventualmente chocantes.

Dizer seis coisas que vejo ou digo, todos os dias ao espelho

Espreguiçando-me ao espelho...nua

- Ah! hoje sinto-me porreira! Nada mal, heim? Olhando-me por todos os lados
- estes espelhos cá de casa são mesmo generosos, por isso é que não vou ao cabeleireiro, com aquelas luzes...
- Ooooh! Queres ver que me está a aparecer mais uma ruga! Nããão! era eu que estava a ver mal, mas esta está mais cavada....impossível desde ontem. Encolhendo os ombros, dançando e cantarolando: que-rooo- lá –saaa-ber, sou- o –mááá-ááá-xi-mo!
- e as minhas pernas....continuam lindas!!! caramba
- já a caminho do chuveiro, olhando de lado, meio pensativa: mas que não me sinto com esta idade, não sinto, ainda estou nos quarenta e dois ou quarenta e três...mais nova que o FUNES. Ah!ah!ah! porque, como sabem, ele está sempre no meu pensamento....
- já quase arranjada, cabelo lavado e seco: um pouco de rímel, para enganar as pestanas pequenas, o risco no olho, para parecer maior, baton...eu bem dizia que era o máximo!!!

Agora vem o pior, os liiiiinks!!!
passo a corrente a

MÁRIO
SAPHOU
FATYLY
MATESO
TERESA
FILIPINHO


21 de fevereiro de 2009

DESAFIO: Descubram as três mentiras







resposta ao desafio do LUÍS MAIA

- Sou uma óptima cozinheira
- Não gosto de arroz de pato
- Não gosto de queijo
- sou alegre e bem disposta
- Não gosto de cerejas
- O que mais gostava de fazer era um cruzeiro
- Ouço o mar na minha casa, com janelas fechadas
- Vejo o Palácio da Pena da minha casa
- É raro desconfiar de alguém

Passo a corrente para o Brasil: Diz nove coisas sobre ti, das quais três são mentiras

SÍLVIO AFONSO
DESNUDA
ELCIO
LU CAVICHIOLI


20 de fevereiro de 2009

A LISBOA QUE EU AMO




foto de um outro blog de NUNO


Estou aqui assapada em cimento, vendo, admirando-te Lisboa, rainha do Tejo, Lisboa da bela serpente, tentadora de mim.
Enamorei-me quando ainda me estavam a construir, o primeiro pedaço de ferro colocado e já eu estava desejando subir mais, sempre mais para te poder contemplar.
O Tejo espraiando-se no meu pé, espraiando-se aos teus pés, temos isso em comum, um rio que não se aparta de nós, que nos envolve, que é nosso encantamento e que está encantado de nós.
Eu tão longe de ti...mas vejo-te cá do cimo, abranjo-te toda desde o cais da Ribeira até ao Saldanha, apesar da tua beleza se ficar toda por esta fronteiria, aqui junto ao rio.
Vi-te ser destruída sem nada poder fazer por ti, e tu, serena como sempre nem tugiste, pior do que isso, foi ouvir todos quantos por aqui passam gabar-te a beleza esquecendo que tu és mais do que a zona ribeirinha e eles podendo nada fazendo, elegendo quem de há décadas vem dando cabo de ti.
Ah Amor meu! Não fosse este peso que me agarra, me prende, me enraíza neste rio, e pegava-te ao colo, bem aconchegadinha, não deixando mais que sofresses ou que te continuassem a destruir.
Lisboa minha, cidade linda, enevoada, da luz filtrada, mas quando o sol de chapa te bate arranca reflexos de rio, Lisboa aguada banhada de luz, que comoves quem passa e no coração lhe gravas a tua graça, Lisboa refletida, de noite ou de dia, neste rio que tal como eu se enamorou de ti, para a vida.
Lisboa do Castelo, da Madragoa, e da Mouraria, Lisboa de Alfama, os teus bairros mais antigos.
Lisboa das colinas, espraiando-te, por amor, até ao rio





18 de fevereiro de 2009

OLHANDO O FUTURO




o TOZÉ do blog MINISTÉRIO DA SOLTURA faz, talvez, os melhores desafios da blogosfera.
Neste, transcreve uma pequena parte de um livro, e pede que se escreva sobre o que vier à cabeça de quem é desafiado.
Tive dificuldades com este desafio, porque ser um dos livros da minha vida, por o saber de cor, por não ter conseguido fugir ao livro.

Deitado de bruços, sobre a caruma do pinhal, com o queixo apoiado nos braços cruzados, ele ouvia o tempo soprar entre a ramaria das árvores. A encosta da montanha, no ponto em que repousava, tinha pouco declive, mas mais abaixo tornava-se íngreme e ele via a curva negra da estrada alcatroada que seguia o desfiladeiro.


"In Por quem os sinos dobram", Ernest Hemingway


"Ouvia o tempo a soprar entre a ramaria das árvores" e sentia o sol, quente, desse dia de inverno, enquanto deitado, olhando agora o rio que acompanhava a estrada negra e que em contraste refletia o azul do céu, pensava na missão que lhe tinha sido entregue.
Lentamente, irresistivelmente, virou-se de costas para apanhar os raios de sol que se infiltravam por entre a ramaria em pleno rosto, sentindo-se viver, sentindo a energia fluir que fazia o seu coração bater com uma intensidade desconhecida, como se latejasse , o peito todo latejando.
Por uns momentos esqueceu tudo e todos.
Pouco depois, voltou à posição inicial, não tirando os olhos daquele pequeno rio, que se perdia no horizonte, junto com a curva da estrada, sem saber onde acabava o azul da água e começava o azul do céu.
Via, estremeceu, via o campo onde estava, cheio de corpos estropiados, as árvores meias desfeitas, e, ah! viu também aquela figura feminina que se debruçava a cada novo corpo que encontrava, recortada pela luz encarniçada de um poente majestoso, sem saber onde acabava o sangue que empapava aquela terra e começava o céu.
De vez em quando, ela punha-se de cócoras e com esforço virava o corpo que de borco se encontrava. Naquele último…naquele último, percebeu que chorava pelo estremecer dos ombros.
Não conseguiu ficar longe dela, que parecia tão frágil enquanto percorria as mãos pelo rosto, pelo corpo, do homem que ali estava junto aos seus joelhos, enquanto a ouvia repetir desesperada, não! Não! Não!
Tocou-lhe os ombros e quando ela separou o seu rosto do rosto do homem amado, viu-se ali deitado e viu os olhos dela que suplicavam
Deu por si, olhando aquele rio e aquela estrada, gritando também como ela, não! Não! Não!
gritando, Maria! Maria! Maria!

16 de fevereiro de 2009

AINDA HÁ AMOR NO AR





Foto de BARTOLOMEU



Estão lado a lado em pleno rio Sado, tão calmo, onde se balançam e se reflectem. Ela vê-lhe o sorriso largo e espera que as águas amigas os balancem, agora que a maré sobe, sabe que vão ficar encostados uma parte do dia. Hoje que é domingo, não os vão desatracar.
Hoje estão aqui, mas amanhã poderão estar acostados no cais palafítico da Carrasqueira, único na Europa, ou na faina do mar, onde tanto podem transportar amêijoas, como polvos ou simplesmente minhocas para isco, que os espanhóis vêm comprar a 25€ o quilo.
Estão satisfeitos por estarem juntos, o que acontece, normalmente ao fim de semana e quantas noites na Carrasqueira, sobre o lodo quando o rio desce com a maré.
Há amor no ar, que ainda restou da véspera, quando namorados festejavam o dia de São Valentim, do Amor Incondicional, que veio para ficar.
Não, não trocaram presentes, nem se beijaram, ficaram só encostados um no outro, enquanto eram observados por quantos por ali passavam, sem perceberem que eles também estavam em festa, com a diferença que se festejavam todos os dias do ano.
Ainda há amor no ar, na festa de se encontrarem
No aproveitar é que está o ganho, eles bem sabiam que não durariam para sempre, que a vida do mar e do rio, bem lhes estragava a pintura, enquanto o sal lhes corroía as entranhas. Ninguém se apercebia, que ainda há pouco tempo a angústia fora grande. Ouviam as conversas dos donos a fazerem contas à vida, sem saberem se lhes valia a pena o dinheiro que lhes custaria o concerto ou se mais valeria ‘afogarem-nos’ e comprar outros novos. O que lhes valera tinham sido as memórias que com eles traziam e assim foram mandados para o estaleiro.
Parecia que tinham relembrado ao mesmo tempo as dificuldades por que tinham passado, quando balançados pela água amiga se encostaram, olhando ternamente o reflexo um do outro, em pleno rio Sado, tão calmo. Sabiam que talvez não sobrevivessem quando chegasse a hora de um novo concerto, que a mão-de-obra é uma carestia, e os pescadores têm pouco mais do que para o dia-a-dia.
Ainda há festa no encontro
Ainda há amor no ar



13 de fevereiro de 2009

MUDANÇA







Você precisa de ser a mudança que quer ver no mundo ____________MAHATMA GHANDI



- Espreita, espreita pela janela e diz-me o que vês
Ouve a o roçar da cortina leve de encontro ao vidro e ‘vê’ a mão que a afasta, parar, leve hesitação, para logo se seguida ouvir as argolas que sustentam a cortina correrem de maneira desenfreada,por um segundo.
- o que vês?
O silêncio é a resposta, talvez de admiração, talvez
Ela começa balbuciando que vê a terra...o planeta…o Planeta Azul …ali mesmo à beira da janela, onde deveria estar um horizonte nu está a Terra, uma semi-esfera que se vai elevando sustentada por nuvens carregadas de várias tonalidades de cinzento… cala-se mais uma vez.
O campo todo estendendo-se liso e só ao fundo uma árvore robusta, copa engrandecida pelo recortado em contraluz das nuvens mais claras cheias de luminosidade, nogueira? carvalho? emais uma vez se cala.
- o que sentes?
Volta-se outra vez para a janela e olha em silêncio e depois recomeça, que sente uma calma imensa, sente paz, sente que a luz se infiltra nela, mas num repente gira sobre os pés e enfrenta-o
- mas é ao mesmo tempo assustador!
- assustador?!
- como posso ver o que estou a admirar, aqui mesmo à beira da minha janela? Como aconteceu toda esta transformação, sem o menor ruído, sem ter sido capaz de o sentir? Voltará tudo ao mesmo lugar? Estou na minha casa, na terra, e vejo-a ali ao longe, despegada desta onde estou….mera espetadora….faz medo
- não, não faz, é isso que praticamos todos os dias, somos meros espetadores e somos, também, os intervenientes de um jogo que é pura ilusão.
Toda a transformação é feita em silêncio, estrebuchando, tantas vezes, refilando, mas em silêncio, caminhando. A transformação foi grande.
Milhões de anos do tempo que conhecemos, são apenas alguns segundos em termos do Universo, onde o tempo não existe, por isso o tempo é mera ilusão também
Sê genuinamente Emoção, deixa apenas fluir a Emoção, o Amor e a Luz, toma consciência da Vibração e deixa-te levar como a água de um rio para te reequilibrares com o UNIVERSO

Namastê


12 de fevereiro de 2009

IMPERDÍVEL!










Acabou de abrir, mas este seu segundo post é IMPERDÍVEL!
Fatyly, porque sei que não gostas muito de ir a blogs novos, penso que não estou errada, por falta de tempo, mas a este tens de ir.
Primeiro porque vais morrer a rir, depois porque vais alinhar no que é pedido.
Só peço que quem por aqui passar, lá vá.

O blog é do ALTER EGO e chama-se O MEU TYLER DURDEN, nome complicado, mas Alter Ego de certeza me chamará inculta, porque não faço a mínima ideia do que quer dizer.



10 de fevereiro de 2009

TÃO LONGE DE SÍTIO NENHUM







Transcrevo a 6ª linha, na página 61, porque o livro que tenho mais próximo de mim, de Ursula K. Le Guin, "Tão Londe De Sítio Nenhum", não passa as 100 páginas, para responder ao desafio que me foi feito pela MATESO do blog aArtmus
Mas antes, remeto o convite para esta ciranda a BARTOLOMEU,a INÊS, a JÚLIA e a TOZE leiam, por favor, a 6ª linha da página 161 do livro que estiver mais próximo de vós, transcrevam-na e… escrevam.


«Não voltei lá durante um ano: tudo isto me parece tão longínquo, coisa de miúdo.»

Nunca tinha percebido bem se fora ela que se afastara ou se a tinham afastado.
A realidade era que tinha ficado apartada dos outros, não compreendo nem os seus princípios nem a suas maneiras de pensar, de estar.
Era toda diferente, começando a vida a passear nela alegremente, fazendo o que achava, tentando não magoar ninguém, no que falhou redondamente. Logo pelos mais próximos, que não pensando como ela, se sentiram ofendidos nas suas dignidades
Ela ria, para dentro, resmungava, para fora, e, lá ia passeando, sozinha.
Sozinha é difícil, apesar dos risos ou das gargalhadas, que iam secando, conforme o tempo ia passando.
Deu por si a olhar para o espelho relembrando um tempo em que tinha tido sonhos, em que fizera castelos, lá bem no cimo, em que subira encostas abruptas, alegremente, em que havia sol e teve vontade de lá voltar, novamente, para ver o mar.
Sentiu o calor do sol que rompia, há tanto tempo escondido, sentiu o vento a soprar, a rodar, abrindo os braços deixou-se levar, voando em espiral que a ia afastando dessa última encosta que subira. Olhando para baixo viu a imensidão azul e branca desse mar que tinha isso espreitar. O Antárctico e o Pólo Sul
Sorriu ao pensar, como estava longe de sítio nenhum.



6 de fevereiro de 2009

BELGIUM TUGADOIS, ATÉ SEMPRE!





Acabou um blog que acompanho há muito, o BELGIUM TUGADOIS
Foi através de AGRIDOCE, que conheci o XISTOSA, quanto mais não fosse ficar-lhe-ia sempre grata pelo facto.
Mas a verdade é que eu gosto muito do Agridoce, e do seu blog, por isso tive verdadeira pena por ele resolver fechar/acabar este seu blog.
Ele encontrava o que mais ninguém encontrava, e, mais importante, dava-nos a conhecer, além de escrever muitíssimo bem.
A maneira que tenho de me despedir de Agridoce e de vos dizer como era interessante o seu blog é deixando-vos ficar um dos seus últimos posts.



túrána hott kurdís by hasta la otra méxico! from Till Credner on Vimeo.


5 de fevereiro de 2009

EUTANÁSIA OU ASSASSINATO?









Já uma vez falei sobre este assunto, quando foi o ‘caso’ Terry Schiavo.
Vou relembrar a minha posição.
Sou a favor da eutanásia.
Penso que qualquer pessoa que esteja consciente, com doença terminal, ou mesmo que não esteja em estado terminal mas que se saiba à partida o que vai sofrer ainda até lá chegar, deveria poder pedir a eutanásia ou a morte assistida. Qualquer pessoa deveria ter direito a essa liberdade de opção.
Se já não estiver consciente, poderia também ter liberdade de escolha, desde que e só se o tivesse deixado escrito, enquanto consciente.
Para mim, eutanásia e, ou morte assistida, quer dizer, o desligar de uma máquina desde que cardíaca e não alargo mais no que ao desligar das máquinas diz respeito, ou uma qualquer injecção letal desde que não provoque dor.
No caso de Terry Schiavo e agora também no caso de Eluana Englaro, a situação é bem diferente.
- Desde logo, porque não estão conscientes e são outros a pedir a sua morte, o que não aceito de modo nenhum.
- Não deixaram nada escrito e tem de se confiar no que os familiares, mesmo que pais, dizem pensar que elas quereriam. Eles não têm a certeza se seria essa a opção de qualquer delas, eles unicamente pensam que elas teriam optado por essa via.
- Nestes dois casos, e, a medicina continua a saber muito pouco sobre o cérebro humano, não se trata de eutanásia nem de morte assistida, no meu entender como é óbvio, tratou-se e trata-se de deixar morrer à fome duas pessoas e vai demorar perto de duas semanas até que Eluana Englaro morra.
Para mim, isto é MORTE DESASSISTIDA
Para mim, isto é uma infâmia
Para mim, isto é um assassinato
Para mim, isto é um terror
Para mim, uma sociedade que permite que isto se faça, está no fim da civilização, por ser inadmissível a confusão ética sobre eutanásia e assassinato.
A repugnância que sinto hoje é maior, se é que pode ser maior, do que a que senti quando de Terry Schiavo.
Não me venham com a cantiga de que os médicos dizem que não vai sofrer. Todo o organismo sofrerá com a falta de alimentação.
Já pensaram o que é um organismo inteiro a sofrer por falta de alimentação?
Daqui a uns anos poderá vir a saber-se que afinal o cérebro, ou as células nervosas, ou outra coisa qualquer, sofreu ou que registou o sofrimento.
E já repararam? Nem sequer está a dar muita polémica a não ser em Itália!!!!!! Já nos habituámos a que se pode matar alguém à fome?
Por que não uma lei que estabeleça o que é eutanásia e o que é assassinato?
Porque não uma injecção letal, nos termos em que referi?
Porque, deixem-me explicar melhor o que penso, mesmo que a morte destas duas mulheres fosse com injecção letal, pedida por familiares, eu estaria sempre contra.
Porque não se faz esta discussão nas sociedades?
Porque se deixará ao livre arbítrio de uma meia-dúzia de pessoas, mesmo que essas pessoas sejam juízes?
Já pensaram que poderia ser cá em Portugal? Aceitariam que os nossos juízes, que fazem cada argolada, decidissem da vida ou da morte de alguém? Os juízes Italianos serão melhores que os portugueses? E os americanos serão?
Não querem começar a discutir este assunto aqui? Com argumentos? Os que não têm a minha opinião e os que têm? Eu sei que muitos pensam de maneira diferente da minha. Gostava de os ouvir.



COMENTÁRIO PASSADO A POST








A MATESO fez um comentário ao post SAUDADE que achei uma maravilhosa definição de Saudade.
Os parágrafos são meus, como chamada de atenção para as frases.
Aqui fica, para encanto vosso.

A saudade chega partindo, e, parte chegando.
Esse é o sentimento de ser portugês.
Uma espécie algures entre o mar, e a terra, num porto sem abrigo, e, abrigado sem porto.
Um estar, sem estar, um desejar não desejado.
Uma falácia real.
Um orgulho não conquistado, e, uma conquista orgulhosa de não se sabe bem de quê.
Afinal, tão simplesmente, da saudade de se ter, o que não se tem, por já se ter vivido.


3 de fevereiro de 2009

SAUDADE







Parti para voltar
Parti, imposição a mim própria, para poder chegar
Parti, para me poder transformar
Parti porque é tão bom chegar a casa depois de qualquer viagem. A porta é acolhedora, não há cama como a minha, o sofá já tem o corpo moldado, o cheiro é o que reconheço.
Sempre, a meio de qualquer viagem, tenho saudades de casa.
Saudade, é este nosso sentir tão português, que não consigo definir.
É esta vontade de saber onde pára alguém ou de lhe ouvir a voz, receber um mail, ou ver um comentário num post arrancado sem jeito
É sempre um desejo, que sei que não vai ser realizado…....ou irá, tão simplesmente porque quero
Saudade, este nosso sentir
E às vezes, poucas,
É também querer o não querer
Sentimento ambíguo, desfasado, dual
Esse sentir, que não consigo definir
Saudade, uma genuína emoção, que vem do mais fundo de mim, de nós, ao consciente, que empurro outra vez lá para o fundo, sem que obedeça, pairando, qual fantasma de banda desenhada de branco vestida, rondando, roendo, e ao tentar fazer-lhe uma festa na cabeça, a mão entra por ela adentro e troçando vai e volta não me largando.
Saudade, este sentir português
Não me sai do pensamento
quero e não quero, vai e volta, roi, doi, mas passa, para voltar mais uma vez, infiltrando-se devagarinho e quando dou por ela, lá fica, forte, insistente, poderosa, não me deixa olhar para o lado
Saudade é este nosso sentir, que não consigo definir
Parti, mas estou chegando, semi-transformada, ainda por acabar, não há fim à vista nesta viagem feita diariamente num ir e voltar que talvez tenha um final, num tempo que desconheço.
Parti para ter esta saudade de voltar, de chegar


2 de fevereiro de 2009

IMPERDÍVEL!




IMPERDÍVEL, ESTE POST DA MATESO


LEONA LEWIS




Porque é linda esta letra e música




I'll sing it
One last time for you
Then we really have to go
You've been the only thing
That's right
In all I've done

And I can barely look at you
But every single time I do
I know we'll make it anywhere
Away from here

Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear

To think
I might not see those eyes
Makes it so hard not to cry
And as we say
Our long goodbye
I nearly do

Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear

Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you
Can't raise your voice to say

Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear

Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you
Can't raise your voice to say