Cliquem no quadradinho preto, para verem em todo o écran, vale a pena, garanto
Ele ia surfar, eu fui com ele para a praia, aproveitar a manhã que começava com nevoeiro. Enquanto vestia o fato, ia olhando o mar, avaliando se as ondas seriam suficientemente boas e perfeitas para poder gozar o princípio do dia. Eu sentada na areia húmida olhando o horizonte, que com o nevoeiro estava bem próximo, gostando de o ver a aproveitar bem as ondas e percebendo a disciplina interior, a concentração, a sintonia com o mar e com as ondas, a percepção da escolha, sabendo esperar por uma melhor do que outra e eu olhando relembrava o tempo em que também tinha praticado, sabendo o bem que lhe estava a fazer, o gozo que dava quando a escolha saía acertada e de repente estava lá outra vez, escolhendo também a onda mais certa para fazer o melhor tubo, em completa sintonia, enquanto via o sol filtrado pelas gotas de água, sem tempo para me comover, mas que ficava impresso na mente, bem melhor que uma fotografia no papel o gozo de, em pleno inverno de me levantar às cinco da manhã noite cerrada, para poder chegar à praia primeiro do que qualquer outro, tiritando de frio enquanto vestia o fato e assim ter o privilégio de poder ser a primeira a escolher a onda que me apetecesse sem olhar a quem estaria primeiro, por, eu que tenho dificuldade em aceitar hierarquias, saber que são fundamentais, obrigatórias e ai daquele que não as cumpra, as hierarquias dentro do mar. O sol rompendo devagarinho o nevoeiro, as ondas aumentando, já nem sequer o via tão mergulhada estava nos raios solares que de vez enquanto faziam a água brilhar para logo de seguida se esconderem e reaparecerem cada vez com mais certeza, afastando aquele nevoeiro sempre mágico céu, mar, nevoeiro, o sol rompendo já com inusitada força e eu estava sozinha! Nem reparei que tantos tinham chegado, que o mar já estava cheio de pranchas…. ele tocou-me no ombro e quando levantei a cara ficou a olhar para mim - são saudades mãe? Perguntou quando viu as lágrimas que me corriam pela face Abanei a cabeça dizendo que não, sem conseguir ainda falar, arrancada tão repentinamente a essa sintonia que nos faz comungar com o Universo - ah! sei, tocaste no mundo Eram nove da manhã e tinham passado três horas desde que tínhamos chegado Às vezes o tempo não existe.
tão bom, Linda, quando tocamos no mundo, assim, absortas de tudo o que, nesse instante muito nosso, nada mais importa, senão, saborear o toque. Emocionei-me. Sabes há quanto tempo não vejo o mar? E eu que o amo tanto, tanto! Mil beijos, querida e que o fim de semana seja bem sereno.
Cris (confesso, com uma pontinha de inveja - boa, note-se - de não poder ter o prazer de tocar o mundo... sei que me entendes,eu sei!)
Sim, entendo-te. Mas deverias meter-te no carro e tirar um bocadinho para ti e ires ver o mar faz tão bem, principalmente agora em que às vezes já está bem selvagem.
Lindo momento este, comovente mas lindo ao mesmo tempo como só tu nos sabes brincar com algo assim, adorei amiga e como adoro o mar... metendo-me no meio da conversas de duas belas senhoras, concordo contigo qdo dizes que a Cris bem devia meter-se no carro e ir ver o mar... proque não vir até Sintra, será aqui sempre bem vinda não achas :-) Bjs a ambas, Nuno
O mar exerce uma atração irresistível sobre cada um de nós e esse "chamamento"gera um conforto emocional tão intenso que , frente a ele, nos sentimos em comunhão com o macro cosmos... Foi talvez esse sentimento apelativo que fez de Vasco da Gama, Pedro Alvares Cabral, Fernão de Magalhães e tantos outros, exímios marinheiros...por mares nunca de antes navegados...e entre gente remota edificaram novos reinos, que tanto sublimaram..
Alguém me contou uma curiosa teoria que pretende explicar esta nossa paixão natural pela água.Seria como que um desejo inconsciente de voltarmos ao conforto do liquido amniótico no ventre materno ...
Disse ter passado parte das suas férias em Leiria.Lembra-se de S.Pedro de Moel, Pedrogão, Vieira de Leira...visto que gosta tanto do mar...
Adorava ter-te aqui em minha casa, mas neste momento minha querida é de todo impossível. Tenho um filho a viver aqui, tenho dois netos, também que além dos fins de semana também vêm às vezes dormir dois dias por semana. Tenho tanta pena de agora não ser possível, Cris.
Quanto a hoteis popsso pesquisar e depois ir lá ver os quartos, se tu quiseres.
Há sim, essa teoria do líquido amniótico, que não explica tudo, pois todos, de todos os países viemos dele.
Claro que me lembro e muitíssimo bem de São Pedro de Moel e da Vieira, menos de Pedrógão. E dos piqueniques que se faziam no pinhal de São Pedro de Moel.
Leiria, é como se fosse o meu berço, pelo menos, o meu berço escolhido, já que sou Lisboeta. E das morcelas!!!
Oh, querida! Foi uma forma de te dizer que te gosto. Vou tirar uns dias de férias, sim, mas, "a minha gente" não está de férias :-) Ainda mais, com a minha pimpolha mais nova em altura de testes, a minha mãe que se deixou ir um pouco abaixo e a tensão disparou (já está tudo controlado) mas, é preciso estar ali, porque ela é uma "bandida" e faz das suas, entendes? Adorava ir, sério que sim, mas, por hora, fico-me pelo gosto perdurado de guardar o cheiro do mar, cá dentro, ou, aqui, quando venho ler este momento tão vosso!
Beijitos, Linda ,e, disfruta desses instantes. Gosto tanto da forma como partilhas esse teu sentir!
16 comentários:
As emoções ao rubro quando a natureza nos arrebata até às lágrimas!
... é sempre essa natureza que me recupera quando bato no fundo!
tão bom, Linda, quando tocamos no mundo, assim, absortas de tudo o que, nesse instante muito nosso, nada mais importa, senão, saborear o toque.
Emocionei-me.
Sabes há quanto tempo não vejo o mar?
E eu que o amo tanto, tanto!
Mil beijos, querida e que o fim de semana seja bem sereno.
Cris
(confesso, com uma pontinha de inveja - boa, note-se - de não poder ter o prazer de tocar o mundo... sei que me entendes,eu sei!)
Olá Inês
Felizmente não tenho estado no fundo, mas recuperei forças, o que foi muito bom
A água para nós é essencial....
beijinho, minha querida
Olá Cris
Sim, entendo-te.
Mas deverias meter-te no carro e tirar um bocadinho para ti e ires ver o mar
faz tão bem, principalmente agora em que às vezes já está bem selvagem.
beijinho
Lindo momento este, comovente mas lindo ao mesmo tempo como só tu nos sabes brincar com algo assim, adorei amiga e como adoro o mar... metendo-me no meio da conversas de duas belas senhoras, concordo contigo qdo dizes que a Cris bem devia meter-se no carro e ir ver o mar... proque não vir até Sintra, será aqui sempre bem vinda não achas :-)
Bjs a ambas,
Nuno
Olá Nuninho
Ora, Nuno, a Cris está fartinha de saber que será sempre bem-vinda em Sintra.
É só ela querer e poder.
Beijinho
Então, vou a partir do dia 3. Arranjas-me um cantinho, Minucha?
Estou de férias até 14 e com a minha cabeça a mil :-(((
Beijo...a pensar nesse mar.
O mar exerce uma atração irresistível sobre cada um de nós e esse "chamamento"gera um conforto emocional tão intenso que , frente a ele, nos sentimos em comunhão com o macro cosmos...
Foi talvez esse sentimento apelativo que fez de Vasco da Gama, Pedro Alvares Cabral, Fernão de Magalhães e tantos outros, exímios marinheiros...por mares nunca de antes navegados...e entre gente remota edificaram novos reinos, que tanto sublimaram..
Alguém me contou uma curiosa teoria que pretende explicar esta nossa paixão natural pela água.Seria como que um desejo inconsciente de voltarmos ao conforto do liquido amniótico no ventre materno ...
Disse ter passado parte das suas férias em Leiria.Lembra-se de S.Pedro de Moel, Pedrogão, Vieira de Leira...visto que gosta tanto do mar...
Saudações Leirienses
Olá Cris
Adorava ter-te aqui em minha casa, mas neste momento minha querida é de todo impossível.
Tenho um filho a viver aqui, tenho dois netos, também que além dos fins de semana também vêm às vezes dormir dois dias por semana.
Tenho tanta pena de agora não ser possível, Cris.
Quanto a hoteis popsso pesquisar e depois ir lá ver os quartos, se tu quiseres.
Beijinho
Olá José
Há sim, essa teoria do líquido amniótico, que não explica tudo, pois todos, de todos os países viemos dele.
Claro que me lembro e muitíssimo bem de São Pedro de Moel e da Vieira, menos de Pedrógão.
E dos piqueniques que se faziam no pinhal de São Pedro de Moel.
Leiria, é como se fosse o meu berço, pelo menos, o meu berço escolhido, já que sou Lisboeta.
E das morcelas!!!
beijinho
Adorei e é sempre nesse refúgio que carrego baterias.
Beijos
Eu sei Fatyly
e tens toda a razão, principalmente tendo nascido e vivido perto do mar
Beijinho
Oh, querida! Foi uma forma de te dizer que te gosto. Vou tirar uns dias de férias, sim, mas, "a minha gente" não está de férias :-)
Ainda mais, com a minha pimpolha mais nova em altura de testes, a minha mãe que se deixou ir um pouco abaixo e a tensão disparou (já está tudo controlado) mas, é preciso estar ali, porque ela é uma "bandida" e faz das suas, entendes?
Adorava ir, sério que sim, mas, por hora, fico-me pelo gosto perdurado de guardar o cheiro do mar, cá dentro, ou, aqui, quando venho ler este momento tão vosso!
Beijitos, Linda ,e, disfruta desses instantes.
Gosto tanto da forma como partilhas esse teu sentir!
Olá Cris
Oh!
Já estava preparada para te poder conhecer....
Quando puderes não deixes de nos vir visitar, ao Nuno, à Fatyly e a mim.
Beijinho
Olá Cris
Oh!
Já estava preparada para te poder conhecer....
Quando puderes não deixes de nos vir visitar, ao Nuno, à Fatyly e a mim.
Beijinho
Toca-se no mundo ou o mundo toca-nos? pergunta clássica, não?
Mas que dá para pensar, não é? Pois... eu assim sinto.
O texto é lindo!
Bj.
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