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29 de outubro de 2008

A CAMISA



Tom Ford




7º JOGO DAS 12 PALAVRAS DO EREMITÉRIO


Ela ali estava, diziam que debotada, mas linda, talvez mais bonita ainda do que quando era nova. Era necessário, talvez apreciar-lhe o estilo. Dengosa, rosada mas tendo ainda e sempre o verde da esperança.
GALANTEIOS foi o que mais ouviu quando era nova, agora….muitas vezes, FALAZ o que se entretinham a dizer sobre ela.
Era dele, homem elegante, BAILARINO que tantas vezes dançara com ela, apreciando a LIBERDADE que lhe concedia no GESTO sempre impecável, dançando com ela em completa SINTONIA.
Quando a tinha, parecia que dela irradiava LUZ, por o SENTIMENTO que nos outros causava ser de admiração e o seu ego enchia, olhava-a, revirava os olhos para melhor a mirar e não poucas vezes ao passar por um espelho espreitava o efeito que faziam, os dois juntos, na assistência.
Como lhe diziam que sempre com ela andava, resolveu fazer uma pausa e por uns largos tempos pusera-a de lado, pensando que quando de novo com ela aparecesse, o efeito seria devastador em quantos os olhassem, principalmente pela HARMONIA que existia entre os dois.
Quando a fora buscar e para ela olhara entrara repentinamente em túnel de ESCURIDÃO. Fora com ESFORÇO que para ela olhara uma segunda vez, como para se certificar que era a mesma. Debotada!
Zangado, com ela na mão, fora confrontar a mulher. A CAPITULAÇÃO fora rápida: sim, era verdade, por engano metera a camisa na lixívia.
Ela por já não estar tão bonita, no entendimento dele, sofreu com a rejeição e passou a ficar em casa, arrumada junto com os trastes

8 comentários:

xistosa, josé torres disse...

Não é concorrência (desleal) ao livro?

Os livros lêem-se e arrumam-se, quam sabe se para sempre.
As loiças e porcelanas, por mais singelas ou requintes de finura, envelhecem, servindo-nos.
O ser humano será um livro ou uma porcelana?

(para mim, sempre uma porcelana, mesmo de pureza extrema, que servirá ... até acabar!)

inespimentel disse...

Há pécinhas de roupa que são a nossa cara... quanto mais no fio mais amadas... tenho um "trapo" indiano que visto há décadas, sinto-me sempre muito bem com ele, ganho vida, e luz e beleza dentro daquelas sedazinha velha... não uso mais para não enjoar os outros, por mim podia continuar a ser o meu mais lindo papel de embrulho!

claras manhãs disse...

Olá Xistosa


Não, não é concorrência, sequer, porque o livro tem a ver com os primeiros 6 jogos das 12 palavras e este dois posts, fazem parte do 7º jogo.
Nos outros não participei, por não saber que existiam.
Avisei a Cris destes jogos e ela também participou neste.

Beijinho

claras manhãs disse...

Olá Inês

Temos coisas mesmo parecidas.
Eu tenho uma túnica indiana de algodão que comprei em 1972 e que ainda uso.
Adoro-a e nem quero saber o que podem dizer dela.

beijinho

Nuno de Sousa disse...

Belo texto belo jogo.
Bjs e uma boa noite para ti,
Nuno

claras manhãs disse...

sorriso

Obrigado


beijinho, Nuno

Fatyly disse...

Gostei muito deste 7º. jogo, parabéns!

Beijocas

claras manhãs disse...

Obrigado Fatyly

beijinho