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31 de março de 2009

RECOMEÇO




Reabri o CLARAS EM CASTELO
Tinha saudades e estou contente por o ter feito
Sempre que lá fizer um post avisarei, é o caso hoje, visto não pensar em ter nenhum tipo de obrigatoriedade ou de assiduidade.
Tinha só saudades e gosto dele, além de continuar a ter uma quantidade de visitas que me impressiona, visto estar fechado desde 30 de Junho


29 de março de 2009

LIGAÇÕES





Este meu texto não foi editado, ainda, no 12º jogo das palavras, por um qualquer engano, espero eu






O vento revolvia-lhe o cabelo enquanto fitava o mar, olhos no infinito e sentindo ondas de AMOR que se alargavam tudo envolvendo, a FLAUTA tocando em ODE ao mundo
Arrancou-se com dificuldade ao momento, ela a BENJAMIM da família, que sentia como MALDIÇÃO, própria, cada vez que falhava e tantas vezes acontecia
Com VITUALHAS cósmicas, a CORAGEM e a VERDADE eram os fios que se entrelaçavam com o Amor e a Luz, respondendo assim ao pedido de TECER uma manta, manta da Vida, feita na SIMPLICIDADE da PARTILHA com todos.
BEIJA-FLOR era seu nome

25 de março de 2009

O MOMENTO ESCOLHIDO



VAN GOGH




Estava deitada no chão sentindo o calor da terra acolhedora, que o sol aquecera.
Tirou a t shirt, oferendo o corpo aos raios solares, já moreno de si, quando a brisa passageira a refrescou e veio-lhe à mente uma frase de um poema de Fernando Pessoa
«…não quero nada do acaso, senão a brisa na face…»
Acaso, acaso, pensativa repetia, acaso é o pão nosso de cada dia, embora se diga que colhemos o que semeamos…..o acaso espreita a cada momento, infiltra-se
provavelmente o ‘colher’ estará na resposta dada ao acaso quando o acaso invade
Há os afortunados que conseguem não responder ao acaso, não era o seu caso, que nem se lembrava de contar até três como sempre lhe tinham ensinado
Sorriu feliz com o afago da brisa na face e pareceu-lhe que de acaso não tivera nada. Fora conscientemente que ali se tinha deitado no meio de tanto amarelo a perder de vista, com o céu azul por cima, o rio a correr ao seu lado, azul também, como seria evidente
Amarelo, sempre gostara de amarelo e de vermelho e do azul, mas amarelo era a sua cor, o sol e a lua
Não, não fora acaso a brisa na face, nem o amarelo nem o azul, nem o calor da terra nem o rio.
Riu feliz, por saber ter escolhido o momento



23 de março de 2009

MAR








Eu gostava de ser o mar e ter o azul do céu em mim, ou o verde do começo da tormenta
Gostava de me poder vestir de raios de sol, ser dourado, amarelo ou o rubro da paixão e das lágrimas de comoção.
Ser tempestuoso, raivoso, para me expor aos olhares de pintores e ser a baixa-mar onde as gaivotas vêm pousar olhando o seu reflexo nos resto de mim, que na praia se arrastam e onde crianças, fazendo poças de água, se refrescam
Ter ondas azuis com cristas brancas, enovelar-me perfeito para fazer parte da mente de surfistas empenhados e ter a força de levantar petroleiros como se de cascas de nozes se tratassem.
Ser prata com a luz do luar, ser diamante com a luz do sol, filtrada por nuvens carregadas de eletricidade
Ter peixes e golfinhos e baleias, ser cinzento plumbium com o reflexo das nuvens que trazem chuvas pesadas ou ser a promessa do fim da tempestade que um novo dia traz
Mas o que gostava mesmo era jogar às escondidas em dias que a luz dos faróis atravessa com esforço a névoa cerrada e se ouvem os apitos dos navios, ao longe, ao perto e mais além
fico aqui, à beira dele, parada, olhando, esperando me transformar em névoa, espuma ou sereia, tanto me faz.


22 de março de 2009

HELP!!!!




alguém sabe passar um powerpoint recebido por email, para um post?


21 de março de 2009

PORQUE GOSTEI









VOU DE FÉRIAS






Enquanto a minha ADSL estiver nos impossíveis 10 kps, já com muito boa vontade, vou de férias.
Não resisto e impaciento-me e não me apetece andar impaciente


18 de março de 2009

A MAGIA DA BRUMA




Foto de ADRIAN LAROQUE
Merece que cliquem para a aumentar



A Natureza é exuberante, o lago perfeito, não sei se é lago ou rio, o momento mágico e há sempre a luz, há sempre uma luz, como dizia Adrian no seu post

E fico a olhar embevecida a infinitude de planos, desfocados, espelhados, enevoados, com vontade de descobrir mais.
Fica-me a dúvida se será um amanhecer ou um entardecer, o que também não faz diferença nenhuma, pois gosto desta bruma que se adensa com a lonjura, propositadamente desfocada.
A luz, aquela luzinha que ilumina o pequeno ancoradouro, tanto o superior como o inferior e que de repente me transporta para a densa floresta onde caminha um anãozinho com uma lanterna na mão, de volta à sua pequena casa, onde encontrará uma menina boazinha e boa dona de casa, que demonstrava até à saciedade a incapacidade de submissão às normas.

....................
- e do príncipe?
- também não
- tens de gostar de alguém, tens de escolher um que aches que é o melhor
- ......

Não sei do que mais gosto, se do real ou do espelhado, se do exterior ou do interior, se do verdadeiro ou do aparente, há tanta aparência que não é verdadeira e tanta verdade que é aparência, que fico balançada sem saber o que escolher
Poder-se-ia inverter a fotografia? O que é aqui espelhado passaria a real? Mesmo que aparentemente? Não teríamos de aguçar o olhar para perceber a diferença?
Dúvidas. São só dúvidas, nada mais
Magicamente transformo-me na bruma, no lago ou rio, nas casas e árvores e sou a luz que abre a porta ao mundo espelhado, mergulhando nele.



17 de março de 2009

MAIS UMA VEZ NO PORTO





NÃO PERCAM PELO MENOS AS GRAVURAS DA CATARINA GARCIA. TEM VERDADEIRO TALENTO!

Ela diz que os outros trabalhos das outras artistas são bons e, penso que não se iria associar a quem não tivesse valor. Será, certamente, para não perder.


Project Room Almada
Rua do Almada, 254, sala 234500-032 Porto

– Press-Release –

Colectiva: Betânia Viana Pires, Catarina Garcia, Joana Souto Mateus, Margarida Monteiro, Mónica Santos.
Título: Olhares Pacientes
Exposição: Desenho, Fotografia e Gravura
Inauguração: 21.03 às 16H00
Data: 21.03.09 até 25.04.09
Horário: 5ª. Feira a Sábado, 14H00 às 20H00
Local: Project Room Almada

No dia 21 de Março o Project Room Almada, no Porto, inaugura a exposição colectiva Olhares Pacientes constituída por trabalhos de 5 artistas.
O grupo das finalistas de Pintura da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa propôs integrar-se no Ciclo de Exposições do Project Room Almada como uma colectiva, onde prevalece o Desenho, a Fotografia e Gravura.
Olhares Pacientes, reflecte trabalhos diferenciados, cujo elemento comum existente é a paciência com que cada artista desenvolveu o seu próprio projecto.Projectos distintamente definidos:

A Amadeo de Souza-Cardoso por Betânia Viana Pires.
Composições em Gravura e sobre papel por Catarina Garcia.
Izações: Marmorizações e Padronizações por Joana Souto.
Herbário de Testes à minha paciência por Margarida Monteiro.
Ceramic Piece por Mónica Santos


Para mais informações por favor queira contactar

André Silva 912588143
Joana Folhadela 916532502

LANÇAMENTO NO PORTO




clicar para aumentar



do novíssimo livro de Vicente Ferreira da Silva. Livro só com inéditos!
VICENTE FERREIRA DA SILVA tem dois blogs, já aqui falados:

DO INATINGÍVEL E OUTROS COSMOS
e
IN-FINITO AZUL



14 de março de 2009

13 de março de 2009

O TELEMÓVEL DA SAPHOU




Fotografia de SAPHOU



Será que são rochas? Rochas, mesmo rochas, neste espectacular pôr-do-sol?
Quem as vê todos os dias dirá, eventualmente, que sim

Do fundo dos tempos tem prevalecido a minha teimosia. Digam o que disserem, sei que haverá um tempo que será meu, sei que conseguirei desatolar-me desta areia que me prende, atola, e arrancar para mais uma viagem.
Milhões de pôr-do-sol, milhões de nascer dos dias, este sol que me acompanha e que há milhares de anos nem sabia que existia, agora afaga-me o costado que vai saindo das entranhas deste, que já foi um profundo mar e deixou uma pequena crista de mim à vista.
É com esforço insano que todos os dias tento arrancar-me do areal, nem que seja um milionésimo de milímetro, mas tenho conseguido mostrar o meu casco, ainda falta um lado quase completo, a parte mais difícil, a que ficou mais enterrada, quando afundei de estibordo.
Há pedaços de mim espalhados, a força do mar tem-me esventrado apesar do meu protesto.
Aproveito, mais uma vez, os últimos raios deste sol, promessa de dias vindouros, para lhe colher a energia suficiente para mais um arranque
Do fundo dos tempos, do fundo de mim, sei que a luta é minha
Sei, que haverá um tempo que será meu



11 de março de 2009

PALAVRAS QUE NÃO FAZEM FALTA




Ti Maria de Luis Oliveira



A MOFINA MENDES pediu para se começar uma lista de palavras que achamos não são necessárias. Aqui ficam algumas das minhas palavras.

Isto da idade dá para pensar logo no que tenho mais perto do caminho, se lá chegar

IDOSA – detesto a palavra idosa ou idoso. Costuma dizer-se que velhos são os trapos, mas para mim, a palavra velho dirigida a pessoas até pode ser carinhosa, o que já não acontece com idosa ou idoso, horrível, pirosa, politicamente correcta e se há alguma coisa que não gosto é do politicamente correcto
FALECER – outra abominável e que também não faz falta nenhuma. Eu irei morrer e que ninguém diga que faleci, ora favas! Morrerei ou morri! Mas será que já ninguém consegue ouvir os bois a serem chamados pelos nomes? Ainda aguento desfalecer embora prefira desmaiar.
DEFUNTO – mas que é isso de defunto? Jamais serei ou estarei defunta. Defunto lembra logo fantasmas e eu recuso-me a ser um fantasma agoirento. Serei uma morta e mais nada. Irra!!!
SEXAGENÁRIO – bah! Já sou! Mas a palavra lembra alguém bem velhinho que não aguenta com o peso dos anos e essa não é nada a minha imagem. Livra!


9 de março de 2009

UM PÔR-DO-SOL





Não sei de quem é e tenho imensos nestas condições, portanto....




Não foi este que vi, apesar de também me encher as medidas, mas hoje ao ver o mais belo pôr-do-sol deste inverno, só me lembrava do telemóvel da SAPHOU.
Um pôr-do-sol que promete já a primavera.
Embora desde sempre tenha preferido o outono, este ano estou desejosa da primavera, do sol, não muito quente. A falta de sol deixa-me sempre um frio na alma.

A gaiata, nos seus dez anos, estava feliz, no jardim da casa onde passavam o verão, em pleno Agosto, olhando os vermelhos daquele fim de tarde bem quente, onde nem um sopro de aragem passava, quando lhe gritaram de uma janela, pequena, cimo ovalado, que tinha morrido o tio Jorge, de quem tanto gostava.
Um baque, cara estupefacta, só se lembrou de gritar para a janela, O QUÊ? Repetiram.
Sozinha no jardim, as lágrimas correndo-lhe pela cara, tinha morrido um dos seus protectores, pôs-se a cantar
O seu canto era misturado, de descansa em paz, coitado que morreste sozinho, que a terra te seja leve, saberás alguma vez o que de ti gostava, Pai Nosso trata-o bem, coitada da Avó que lhe morreu o irmão que mais companhia lhe fazia, Pai Nosso mas porque o deixaste morrer, e agora como vão ser os domingos sem ti, tu sabes que gostava de ti, nunca to disse, mas tu sabes como gostava de estar sentada ao teu colo……
Da mesma janela veio um grito
- Ingrata! não gostas de ninguém! ele morreu e tu cantas?
Janela fechando-se com estrondo não deixando sequer que se defendesse
O canto continuou baixinho, comendo as lágrimas que continuavam a cair, agora com mais intensidade, por ter percebido que metade sua infância tinha acabado.
Deixaste-nos sozinhas, a avó e eu, deverias ter tido mais cuidado, sabendo como dependíamos de ti, estou a ser injusta, coitado de ti, meu Deus ajuda-o…a terra leve, não quero, não sou capaz de rezar…..
- Não te disse para não cantares?! veio o grito da mesma janela, fechada mais uma vez com o mesmo estrondo
Ao jantar, à volta da mesa, falava-se de quem herdaria o quê


6 de março de 2009

CARTA




óleo sobre tela de Irina




Queria-te mandar flores, mas eras capaz de não perceber, por isso preferi pô-las em mim e mandar-te a minha fotografia, para te não esqueceres que sou MULHER
Poderia dizer-te, parece que seria mais fácil... mas não é
Sou a que vive preocupada em te facilitar a vida e sou também a que olhas como se fosse minha obrigação fazê-lo
sou a tua criada, por não ser capaz de te virar as costas, parva que sou julgando que é por isso que me dás algum crédito e, a que se está habituada a que sejas tu a apaparicar-me
Sou aquel’ outra que se põe na tua frente e te pergunta se está bonita, porque tu já nem olhas, mas sou também a que se arranja para si e que não quer saber da tua opinião
e, sou a que olhas com amor, pensando na sorte que tiveste
Sou a que chora na cama vazia esperando que chegues, sabendo que estás com outra e, sou a que tenho a cama cheia quando tu não estás
A que está apaixonada por outra igual e sofre sem se conseguir afirmar, mas sou a outra que se mostra e tem orgulho no que se tornou e no que conseguiu vencer
Sou a que passa fome para alimentar os filhos, porque tu safado mostraste em tribunal o ordenado mínimo, apesar de teres iates e carros topo de gama, ah! mas sou também a que te esfola com agrado, com a juíza do meu lado
Sou a que está na valeta, estendendo-te a mão miserável e que tu nem um toste dás e, sou aquela que vive bem e que nem um cêntimo dá ao desgraçado que me pede
A que vive infeliz ao teu lado e a que vira mesa e luta por ti
Sou a que morre de fome no sul do planeta e, a que vive bem no norte
Sou a do interior e a da cidade, mas sou também a que na cidade é violada e, que no litoral é apreciada
Sou a sovada por amor, dizes, e a que se lhe tocares, nem que seja com um só dedo, participa de ti
Sou aquela que vive contigo feliz e amada e sou a que estou sozinha, não aguentando a solidão
Sou a mãe dos teus filhos e, aquela que os não tem
Sou a que é miseravelmente paga pelo seu trabalho ou não tem emprego, mas sou, também, a que está no topo da carreira (poucas, muito poucas)
Sou a que se deita contigo na cama, se enrodilha feliz no amor e, a que nada sente
Sou a Mãe do Mundo
Não esqueças, sou MULHER, hoje e sempre

4 de março de 2009

A FLOR - Para uma Amiga da blogosfera




Foi roubada há muito tempo não sei de onde




Ele tinha-lhe dado uma rosa
Ela tinha-a colocado no seu coração sorridente
Os muitos picos que tinha foram-se suavizando nesse derretimento que sentia, sempre que alguma coisa a entristecia e se lembrava que apesar de tudo, a rosa existia, bem guardada, ali mesmo no centro do seu peito
Alguém lha tinha dado, alguém achara que a merecia
Nesse dia chovia e, num gesto infantil, quis pô-la bem á vista de todos, qual prémio ganho em concurso que não tinha havido.
Pensou que talvez ficasse bem na lapela do seu velho grosso, tosco, casaco castanho.
Vendo-se ao espelho decidiu que atrás da orelha, junto com o seu cabelo escuro, longo, ficaria melhor
Os olhos brilhavam de orgulho, o sorriso aberto, nesse dia cinzento de chuva, a rosa vermelha, cor do seu amor, contrastando, era um grito de alegria.
Já na rua o vento, brincando com o seu cabelo, fez cair algumas madeixas sobre os olhos e ela nesse jeito tão feminino, num movimento rápido atirou o cabelo para trás.
A bela rosa vermelha desabrochada, sem picos, caiu nesse instante, ficando esquecida, no meio do chão, no meio da chuva
Adenda: O final espectacular é o do FUNES
O táxi que se aproximou a um sinal do cliente passou-lhe com a roda e esmagou-a.
Que importa? - pensou ela, ao ver as pétalas destroçadas que a corrente empurrava para a sarjeta - O meu amor é sem porquê. Como a Rosa.
E nessa noite amou-o ainda com mais força.

2 de março de 2009

SELVA INTERIOR








Sonhava com o TIGRE da Malásia, SOBERANO da selva, por aqueles lados, dia e noite, noite e dia, preenchia-me a obsessão. Resolvi então percorrer o caminho. DENTRO do NAVIO, em pleno OCEANO VENTO forte, as vagas alterosas, faziam que parecesse uma casca de noz, eu pequenina, com tamanha OSCILAÇÃO.
A BATIDA do mar no navio infernizava-me as datas, já para não falar da náusea companheira noite e do dia, dia e da noite.
Foi numa dessas SACUDIDELAS, depois de vários dias sobre a VASTEZA tempestuosa, caminho escolhido mas cruel, que olhei a SITUAÇÃO percebendo que o tigre estava dentro de mim e que a luta tinha chegado ao fim.
Finalmente pude entregar-me nos braços acolhedores de MORFEU.