Sally Man
Ela é a imagem do abandono, da tristeza, da infância perdida.
Cara fechada, olhar adulto, magoado, dorido, mulher-criança, cigarro na mão, gesto perfeito.
A rua é onde dorme, boca amuada, tristeza gravada, relógio rapinado, domina o lugar que fez sua casa.
Olha o vazio enquando lhe fazem o retrato, nem para a máquina olha quando o flash é disparado.
Que lembranças estará a ver?
A mão levantada, preparada para a estalada que aí vem, o pé no ar, para o pontapé que nunca mais chega, a mãe batida, os irmãos saídos de casa?
O que a terá levado a fazer da rua a sua casa?
Vem a vontade de lhe passar a mão pela face, de lhe pentear os cabelos, de lhe agarrar na mão e levá-la para casa, para qualquer lugar, onde possa chamar seu a um lar, em que seja dona do sítio, pelo reinado do Amor.
Meninas da rua, mulheres feitas pelo desespero, que não sabem que o têm gravado dentro, por ser essa a sua condição
Meninas da rua, e meninos também, onde vale tudo, em que o desenrasca é a palavra de ordem, num dia-a-dia duro, onde rareia a comida e a brincadeira, onde rareia o brinqedo e a veste, onde rareia o amor e a infância, onde rareia tudo
Meninas da rua, mulheres-crianças, cigarro na mão, gesto perfeito
NATAL era dar-lhes, LAR
Ela é a imagem do abandono, da tristeza, da infância perdida.
Cara fechada, olhar adulto, magoado, dorido, mulher-criança, cigarro na mão, gesto perfeito.
A rua é onde dorme, boca amuada, tristeza gravada, relógio rapinado, domina o lugar que fez sua casa.
Olha o vazio enquando lhe fazem o retrato, nem para a máquina olha quando o flash é disparado.
Que lembranças estará a ver?
A mão levantada, preparada para a estalada que aí vem, o pé no ar, para o pontapé que nunca mais chega, a mãe batida, os irmãos saídos de casa?
O que a terá levado a fazer da rua a sua casa?
Vem a vontade de lhe passar a mão pela face, de lhe pentear os cabelos, de lhe agarrar na mão e levá-la para casa, para qualquer lugar, onde possa chamar seu a um lar, em que seja dona do sítio, pelo reinado do Amor.
Meninas da rua, mulheres feitas pelo desespero, que não sabem que o têm gravado dentro, por ser essa a sua condição
Meninas da rua, e meninos também, onde vale tudo, em que o desenrasca é a palavra de ordem, num dia-a-dia duro, onde rareia a comida e a brincadeira, onde rareia o brinqedo e a veste, onde rareia o amor e a infância, onde rareia tudo
Meninas da rua, mulheres-crianças, cigarro na mão, gesto perfeito
NATAL era dar-lhes, LAR
6 comentários:
Olá
está interessante o teu blog
é mais um lugar para eu me perder
:))
cumprimentos
Pois era...
Vai conquistá-lo... vais (ainda) ver!
Beijos.
Olá Valentim
bem-vindo ao Claras Manhãs!
o teu também é bem interessante.
obrigado
beijinhos
Olá Mateo
Seria bom, não seria?
Tenho uma admiração imensa por quem adopta crianças
e há tão poucos de nós a fazê-lo.
beijinho
Haveriam poucos se a porcaria do processo de adopção fosse menos moroso, penoso e dramático - CINCO ANOS É MUITO TEMPO! Também condeno quem escolha uma criança como se de um bolo se tratasse.
Tiro o meu chapéu aos que adoptam, como conheço três casos, crianças que precisavam tanto de colo e por vezes com problemas e ou de raças diferentes.
Encontram-se em Lares Sociais, uns mais quentinhos do que outros mas serão sempre mais frios que o calor/amor de uma família.
Beijos
Olá Fatyly
Cá é difícil, sim. nem se percebe porquê.
Mas mesmo assim há poucas pessoas a fazê-lo e quando o fazem a maior parte deles, é por não poderem ter filhos.
Não há quem por generosidade pura o faça, e contra mim falo, evidentemente.
beijinho
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