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10 de outubro de 2009

PRAXES, SIM OU NÃO?








Não percam a discussão sobre as praxes AQUI, posts escritos por vários convidados, ainda só vão no primeiro, mas a discussão acesa.
Já há um aluno morto.
O que se dirá aos pais dele?

9 comentários:

António Conceição disse...

Com o devido respeito, a questão "praxes sim ou não?" faz tanto sentido como a questão "sequestro: sim ou não?", ofensas corporais: sim ou não?", "injúrias: sim ou não?", "crime: sim ou não?".
As actividades sadomasoquistas são inteiramente legítimas, desde que praticadas num ambiente de absoluta segurança e sã consensualidade. Não tenho dúvidas de que não é esse o caso da generalidade dos caloiros que se submetem às humilhações da praxe.
Sejamos claros: aquilo que se passa na praxe é a prática dolosa de crimes graves. Que se passe na universidade e que aí se tolere o que mais lugar algum se toleraria, diz bem do estado de decadência a que chegaram as nossas elites.

xistosa, josé torres disse...

... ou acabe-se com a praxe, como sucedeu comigo em 1964.
Penso que foi nesse ano.
Quatro "meliantes", acabámos com as praxes (na m/faculdade) e até meteu troços de couves no ar e a abaterem-se sobre alguém.
Nem as histéricas praxantes escaparam ...
Quando o limite é ilimitado, sucede a desvirtuação.
A lei prevê estes desmandos (penso eu).
Sempre os houve e não vão acabar por decreto.
Há que responsabilizar exemplarmente quem desvirtua uma prática que foi "tolerada" por quase todos.

Cumprimentos e uma boa semana.

inespimentel disse...

Abuso de confiança, acções de grupo movidas pelo entusiasmo descontrolado em que os limites não estão, à priori, definidos, são sempre de evitar... no fim, quando nem tudo correu bem, ou correu mesmo TUDO mal, sacar culpas ou encontrar responsáveis é chover sobre o molhado!
Tudo o que é feito em grupo, sem regras e em ambiente de euforia, e quando uns fazem o que aos outros é feito, sem serem tidos nem achados para mim não serve!

Fatyly disse...

As praxes eram limitadas aos estudantes universitários que sem eu saber a razão agora até os do secundário já fazem praxes.
A praxe era e é tolerável e até engraçada quando não é exercido o "factor abusivo" praticado sempre em grupo e por vezes bem regados com alcool.
A minha filha foi praxada e correu lindamente, mas na época já uma das faculdades estava "a braços" com "excessos".
Hoje é um exagero e compete igualmente à sociedade civil "intervir" quando se depara com "praxes" completamente aparvalhadas e perigosas, excepto se as mesmas ocorrerem dentro da própria faculdade.
Há dois anos quando fui dar sangue, parei no Rossio a "ver uma dessas bandas a passar".
às tantas um grupo de seis praxava outros seis e enfiava a cabeça dentro de uma das fontes do Rossio, de tal forma que quase sufocavam.
Parti para o ataque por achar algo perigoso já que são raras as pessoas que fazem "apneia"! Fui gozada? Não e falei com o chefe de grupo que cresceu para mim e vi que aquele olhar estava encharcado em alcool. Chamei as autoridades e intervieram SIM SENHORA! Ninguém foi detido mas as praxes acabaram ali.
Fui para o comboio e entrou um grupelho do grupelho, olharam para mim e nada disseram. Soube mais tarde que as mesmas "foram proibidas fora de portas da faculdade" e sei que nunca mais houve excessos!!!

"O que se dirá aos pais de um aluno morto?", não sei linda porque subscrevo o que diz inespimentel:"sacar culpas ou encontrar responsáveis é chover sobre o molhado!"
Este é dos tais assuntos que nem merecem "discussão", mas mais "intervenção", porque a meu ver "cada faculdade deveria adoptar medidas restritivas" como a do caso que eu presenciei!

Beijos e foi bom vir até aqui!

Bom fim de semana

prafrente disse...

Não tenho nada contra as praxes desde que sejam feitas com cabeça, tronco e membros.O que acontece é que quando um aluno coloca a sua capa sente-se logo acima do comum dos mortais e projecta na vítima, o caloiro, todas as suas frustrações.É o seu momento de "glória", um hino á estupidez natural...

Bom fim de semana

claras manhãs disse...

Para vos responder e porque penso que não foram ao link que deixei, aqui fica uma resposta a um dos comentários

«.... A esta pergunta/resposta eu pergunto: o que é um caloiro? Será uma forma arcaica de dizer calor? O tratamento do calor está a melhorar? Está a fazer publicidade aos ares condicionados? O que é um calor maior e vacinado? pensava que isso se aplicava às pessoas na idade adulta. Outra coisa que eu não compreendo é associar fatos de abutre a lutadores pela liberdade. Alguns dos estudantes dessas gerações vestiam esse fato porque era a farda (eram tempos de fardas) mais barata, ao contrário de hoje, que só quem tem mãe e pai bem de finanças é que pode encomendar. Não compreendo que relação pode ter ela com lutas pela liberdade. E não vejo nos dias que correm nenhum estudante vestido assim a lutar seja pelo que for. E aqueles que refere das outras gerações não me parece que lutassem por esses bibes. Por último, uma coisa na qual estamos realmente em desacordo: eu não reconheço o direito de praxar, porque não reconheço o direito de humilhar. E praxar é humilhar, e é mais, é o prazer de humilhar. E tenho dúvidas quanto ao direito de ser praxado. Como o direito de ser roubado, o direito de ser violado, etc. Não percebo E quem é praxado não está nas melhores condiões para determinar até onde quer ir. E se eu estiver sujeito a um processo judicial por violar a integridade física de um cidadão que nada me fez, garanto que esses abutres viram comigo sujeitos ao mesmo processo.»

beijinho

claras manhãs disse...

Olá Funes Querido

Totalmente de acordo consigo.
O título foi uma propositada provocação.


beijinho

Valentim Coelho disse...

Eu diria que sim, desde que feitas concientemente.
Eu já passei por elas e não foi nenhum "fim do mundo".
Beijinhos

claras manhãs disse...

Ainda hei-de voltar a este assunto.
depois vos digo porquê

beijinhos a todos